O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

domingo, 30 de janeiro de 2011

No reino das aves, a Águia levou a melhor


Clube Desportivo das Aves 0-4 SLB O estádio da Vila das Aves encheu para assistir ao último encontro da fase de grupos da Taça da Liga, que decidia o acesso às meias finais. Apresentámo-nos com uma equipa com muito sangue fresco, onde só Javi Garcia e Aimar (eventualmente Airton) têm perspectivas de actuar no próximo jogo, no Porto.
Desde cedo se percebeu que as mudanças introduzidas (destaque para a estreia com a camisola do Benfica de Fernandez e de Jardel) tinham afectado o andamento da equipa, muito por culpa de um meio campo que não carburava. O Aves, uma equipa combativa da segunda divisão, explorava as nossas deficiências através de um futebol directo, algo britânico, em lances de contra-ataque.
Na primeira parte o jogo foi francamente mau, disputado em ritmo lento - especialmente, devo dizer, quando tínhamos a bola - e a baixa rotação do Benfica permitiu que os adversários chegassem por vezes com perigo à nossa baliza.
Nem o árbitro escapava ao mau registo, em prejuízo de ambos os conjuntos, quer por perdoar um penálti aos Avenses, quer por ter feito vista grossa a uma falta por nós cometida e que daria livre perigoso.
Aos 34 minutos, um cruzamento venenoso do apagado Fernandez deu um safanão no jogo, pois à saída precipitada do guarda-redes respondeu JAVI com um cabeceamento certeiro. Estava alcançada a vantagem no placard, que pouco tínhamos feito para justificar.
Nada se alterou após o intervalo, pois a Águia teimava em não dar às asas e era Javi o bombeiro de serviço perante a inoperância de um meio campo composto pelo macio Aimar, por um Menezes em câmara lenta e por um Fernandez perdido em campo. Apesar da assistência para golo, o estreante não esteve feliz, mas seria injusto estar já a sentenciar a qualidade do jogador.
Pelo contrário, a defesa ia dando conta do recado (Jardel não acusou a pressão e já sabe o que é sentir a camisola do Maior), enquanto o ataque vivia dos arranques de Jara (cansa vê-lo correr), a que Kardec ia assistindo de poltrona.
Percebendo que tinha de mexer, JJ trunfou com o ás de espadas, e Salvio mudou a toada do jogo. Não tardaria até que inventasse sozinho uma jogada de perigo, que um erro da defesa do Aves permitiu que fosse concluída com êxito por JARA. Estava feito o golo da tranquilidade, e não mais deixaríamos o domínio.
Deu até para JJ lançar NUNO GOMES, que, volvidos três minutos, estava a facturar. Salvio novamente na jogada, a bola sobra para o 21, que sem vacilar faz o golo na cara do guarda-redes adversário. Fez mais em três minutos que Kardec em 72, mas não ficou por aí.
Numa altura em que o Aves já abanava, Gomes não foi sôfrego e deu para Menezes finalmente dar sinais de vida. Belo golo, diga-se, à entrada da área.
Terminamos assim invictos a fase de grupos, e avançamos para as meias finais, culminando um mês de Janeiro onde só provámos o sabor da vitória. Assim seja Fevereiro.
Enfim, três homenagens. A primeira ao homem do jogo, Nuno Gomes. Provou a gritante injustiça do seu afastamento do lote de apostas e terá provavelmente feito o golo da despedida, num estádio onde até já tinha marcado. Tem sido um talismã e vai deixar saudades.
A segunda para Luis Filipe, que terá feito o último jogo pelo Benfica (termina contrato em Julho). O melhor que dele posso dizer é que foi exemplar em trabalho e profissionalismo, mas nem sempre isso chega para vingar de encarnado.
A última para Jardel, que teve uma estreia segura, mas também atribulada, esperemos que os problemas físicos do fim do jogo não sejam graves.
Abraço

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