O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Três entradas e duas saídas, contas de Janeiro

O Benfica, mais uma vez, não deixou passar o mês de Janeiro sem se movimentar no mercado. Nos últimos quatro anos, só por uma vez nos mantivemos impávidos nesta janela de transferências, como já tinha dito num anterior post. Impõe-se um breve rescaldo das transformações do plantel.
Começo pelas despedidas. David Luiz foi a mais sonante venda deste mês em Portugal, e permitiu um importante encaixe financeiro extraordinário que ajuda a garrotear o rombo da frustrante participação na Champions. Orçamentou-se receitas que não chegaram a entrar na Luz, ora porque realizámos a pior participação de sempre na principal prova de clubes, ora porque a crise aperta e a campanha da nossa equipa não tem garantido tantos espectadores em casa.
Neste contexto, em que o esforço que vem de trás já foi muito, e em que a dívida à banca pode asfixiar o Clube, como já acontece com outros, faz sentido o negócio. De nada vale esconder que já vem com seis meses de atraso (dizem os jornais que no Verão o negócio podia ter sido feito por 32 milhões), mas o jogador não se exibiu ao nível da época passada, e nada leva a crer que daqui até Julho valorizasse mais do que o seu preço actual.
A novela do vai não vai, que se arrastou tempo demais, ia deixar marcas no jogador, que veria novamente fugir o ordenado milionário com que lhe acenavam de Inglaterra. Esta foi uma transferência em que falhámos o "timing".
David Luiz foi dos melhores centrais que vi no Benfica, deixa saudades como deixa qualquer bom jogador, mas mais do que os números o que vai dizer se esta alienação será coroada de sucesso é a forma como será substituído na equipa. Sidnei e JJ têm a palavra.
A outra saída é a de Fábio Faria, emprestado ao Valladolid após uma passagem meteórica pelo plantel do Benfica. Sinceramente, não percebi a aquisição. É intolerável que um jogador venha para o Benfica para fazer meia dúzia de minutos e rumar na reabertura das inscrições para estas paragens, e a direcção é useira e vezeira nisto. São inúmeros os exemplos, desde Éder Luís ao Urreta. Quem enche os bolsos com esta palhaçada? Haja pachorra para esta política de aeroporto.
Quanto às entradas, a mais lógica é a de Jardel. É um jogador que joga em Portugal há ano e meio, que evoluía na nossa liga e para uma posição que ficou carenciada neste Janeiro. A surpresa é mesmo sermos tão pitosgas que preferimos estoirar milhões no campeonato argentino quando há jogadores acessíveis e pelo menos tão bons debaixo dos nossos narizes.
De Fernández não posso falar, dele pouco vi, e ele ainda pouco mostrou. Mas a posição que ocupa, a de médio ala esquerdo, é uma das nossas carências.
Carole vem como alternativa a Coentrão. É um miúdo de 20 anos, e a minha dúvida é se é mais um para fazer número como vários do actual plantel e aquecer o banco nos próximos anos (não é preciso muito, se até o Menezes o conseguiu...) ou se se vai afirmar como opção válida (na pré-época do próximo ano, imagino). Certo é que também dependerá de quem mais contrataremos para a sua posição, perante a anunciada venda do Coentrão.
Findo este período, em termos financeiros, o saldo é fabuloso: menos de três milhões gastos, 25 milhões averbados. Em termos desportivos, ou muito me engano ou já esta quarta-feira o futuro começará a julgar o seu impacto desportivo.
Abraço

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