O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Audácia e suor valem pontos


Vitória Futebol Clube 0-2 SLB As previsões de JJ estavam certas. Em Setúbal esperava-nos um dos mais duros testes da época, e se houve alguma nuvem de descompressão na cabeça dos nossos jogadores certamente que ela se dissipou assim que o jogo começou a correr.
Num campo tradicionalmente difícil para nós, o Vitória entrou muito agressivo em jogo, pressionando ao máximo os nossos jogadores, que se mostraram algo nervosos com o início surpreendente do adversário. Concedemos algumas oportunidades ao adversário, seja porque o lado esquerdo não tinha resguardo e Peixoto se via e desejava quando lhe apareciam à frente por vezes dois jogadores, seja porque Roberto executou mal uma reposição de bola e num lance um pouco à Moretto acabou por salvar o golo com uma bela defesa.
Sublinhe-se que esta foi a única falha em todo o jogo do guardião, que no mais até teve algumas defesas importantes, longe de tempos passados. O Vitória, esse fazia talvez o melhor jogo da época, e o engodo táctico do recuo das linhas para depois lançar contra-ataques mortíferos pelas alas resultava na perfeição. Por volta do meio da primeira parte, o SLB dispôs de oportunidades de golo, mas Miguelito salvou em cima da linha um remate de Cardozo e Luisão, após pormenores técnicos deliciosos, acabou por ver a bola raspar a trave.
No Bonfim, lutava-se mais do que se jogava, e a sensação era de que qualquer equipa podia chegar à vantagem até que, quando todos se preparavam para o intervalo, Saviola descobre GAITÁN lhe endossa a bola para de pé esquerdo e de primeira abrir o activo. Bela execução, e a fortuna premiava com toda a justiça a audácia de quem lutou até ao último segundo.
A segunda parte começou à imagem da primeira, embora o Vitória já não incomodasse tanto a nossa defesa, que esteve segura, muito graças a um imperial Luisão, um dos homens da noite.
Apesar da abnegação e do esforço que o jogo nos exigiu, tínhamos o controlo do jogo, e Roberto ia correspondendo aos muitos livres que os sadinos beneficiaram. O Vitória, obrigado a arriscar, desguarneceu o meio-campo, e as substituições de JJ voltaram a surtir efeito: JARA apanhou a equipa contrária em contrapé e, após tabelinha com Máxi, fez com um magnífico pontapé de moinho o golo da tranquilidade.
Refira-se que logo depois Javi fez o que devia ter sido o terceiro golo, na sequência de um canto, mas o árbitro invalidou mal o lance. Felizmente, sem consequências de maior.
Vitória justa e inequívoca, num jogo repartido e quezilento, sem nota artística mas muito... moralizadora. Afinal, em competições domésticas, vão 15 jogos a ganhar. Estamos muito mais coesos e muito mais fortes do que no início da época, e este crescimento não pode parar.
CARREGA BENFICA!
Abraço

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