O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

De se tirar o chapéu


SLB 3-0 Vitória Sport Clube Excelente exibição do Benfica, que fez a delícias dos 55 mil espectadores que se deslocaram à Luz e que coroou da melhor forma o aniversário de Luisão.
Os nossos jogadores entraram mandões em campo, a praticar futebol que é um regalo para os amantes do desporto-rei e a justificar as declarações destemidas de JJ antes da partida. Com um volume de jogo impressionante, constante circulação de bola e um fulgor físico e técnico que deixaram a cabeça em água ao adversário, fizemos uma primeira parte à Benfica. Tanto que aos 24', quando na sequência de um canto SIDNEI cabeceia decidido para a baliza tínhamos já falhado uma mão cheia de oportunidades.
Cinco minutos depois, Cardozo cobra um livre e dá para Salvio, que na cara de Nilson atira ao poste; já aos 40', era Gaitán que levava a bola à trave em mais uma perdida incrível. A bola teimava em não entrar.
A erupção de jogo ofensivo era tal que ao intervalo a percentagem de posse de bola era de 76%-24%, e a vantagem mínima traduzia com gritante magreza um domínio absoluto.
Depois de um primeiro tempo de alta voltagem, era natural que após o descanso o volume de jogo decrescesse, como aconteceu, mas continuámos a ser a melhor equipa em campo e foi sem surpresa que quatro minutos volvidos Sidnei assistisse com um passe longo (devolvendo o favor ao Mago argentino) AIMAR, que faz em dois tempos uma recepção de bola primorosa e um remate letal para Nilson. Dois a zero, e a Luz suspirava enfim de alívio após um irritante manancial de chances falhadas.
A partir daí, as oportunidades continuaram a suceder-se, e adivinhava-se o terceiro golo. Cardozo chegou mesmo a introduzir a bola dentro da baliza, mas o lance foi anulado por um fora-de-jogo no limite que só com muita boa vontade se pode aceitar. O mesmo fez Saviola, pouco depois, só que agora é mesmo imperceptível a razão por que o golo foi anulado, pois o golo não foi precedido de fora-de-jogo nem de falta. Quando não eram os postes, era a arbitragem que nos impedia de engordar o marcador.
Curiosamente, parecia que a justiça tinha finalmente chegado quando Saviola foi derrubado na área vimaranense e foi assinalado penáltie. Contudo, o goleador paraguaio parecia mesmo em noite aziaga, e chutou para fora.
Nem por isso o nosso jogo esmoreceu, e quando foi preciso, na única situação delicada para a nossa baliza, Roberto respondeu à altura do desafio. Já ao cair do pano, quando todos se aprestavam para se levantar da cadeira depois de uma barrigada de bom futebol perante uma das melhores formações do futebol luso, eis que o senhor MARTINS vai para a carreira de tiro e saca um belo chapéu, desde fora da área. O momento da noite, que o autor dedicou a Nuno Gomes.
Jogo de se lhe tirar o chapéu, mas não é altura para embandeirar em arco. Está marcado para quinta um duro desafio europeu.
CARREGA BENFICA!
Abraço

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