Parabéns Fábio! A par de Eduardo, o jogador português que mais se evidenciou pela positiva foi Fábio Coentrão, pela raça, disponibilidade física, qualidade técnica e eficácia defensiva.
Num momento onde tanto se faz sentir a escassez de jovens valores, Fábio é uma verdadeira lufada de ar fresco no futebol português.
Não admira, por isso, que suscite a cobiça de alguns colossos europeus, só refreada pela avultada cláusula de rescisão. E não o censuro por ver com bons olhos um passo para uma liga mais competitiva e gratificante, que admite de forma sóbria - sempre dependente da satisfação dos interesses do Benfica, que diz adorar.
Usassem outros, supostamente mais maduros - entre eles um capitão do SLB - de tanta humildade como este miúdo. Fábio tem uma carreira curta, que ainda assim teve alguns acidentes de percurso que quase a puseram em risco. Cheguei a temer que seria mais uma promessa eternamente adiada do futebol, até que JJ, seduzido pela exibição do caxineiro num Rio Ave-Braga, terminou a série de empréstimos e lhe deu a estabilidade que faltava.
Arrisco mesmo dizer ainda bem que nem Shaffer nem Peixoto agarraram a posição de lateral esquerdo. Bem diz o Povo que a necessidade aguça o engenho.
A adaptação do Fábio ao lugar, ao início muito questionada pelos Benfiquistas, provou ser um achado tremendo do JJ, que já lhe auspicia o topo mundial dentro de um ou dois anos. A avaliar pelo desempenho no Mundial, talvez nem seja preciso esperar tanto.
Mesmo no último jogo, em que o adversário praticamente monopolizou a posse de bola, Fábio não comprometeu lá atrás e foi o gerador de algumas das jogadas mais perigosas de Portugal.
Obrigado, Fábio.
Abraço
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