À lei da bomba

SLB 3-1 Vitória Sport Clube
Jesus, vai preparando a tua equipa para a escalada, que os campos estão a inclinar!
Foi novamente com má arbitragem (que, se é certo que nos perdoou um penálti e expulsão, retribuiu largamente ao adversário deixando-lhes passar dois penáltis e duas expulsões) que continuámos, esta noite, a irritar os nossos detractores.
Mas a qualidade deste jogo (que eu confesso que só pude acompanhar pela rádio) não merece que perca o meu tempo com os homens do apito. Grande ambiente (mais um), quatro grandes golos, e um espectáculo de futebol ofensivo é o que devemos lembrar deste jogo. Isso, e umas quantas desconcentrações defensivas, que quase borravam a pintura.
A primeira parte foi de grande domínio dos nossos, e foi com relativa facilidade - e alguma felicidade também - que chegámos ao primeiro golo, à passagem do quarto de hora. Pablito AIMAR parece talhado para marcar em casa ao Vitória, e depois de um ressalto de bola avançou perante Nilson e levou ao rubro os mais de 52.000 espectadores. Mas a festa pouco durou, pois a equipa do SLB tirou o pé do acelerador e acabou por ser castigada na primeira vez que foram à nossa baliza, pelo inevitável Nuno Assis, que nunca percebi bem por que saiu do SLB, nem por que foi assobiado...
A nossa equipa não deixou de atacar, e viu serem-lhe sonegados dois penáltis, um por mão na bola de Moreno, outro por falta sobre Saviola que acabou dentro da área, e que devia ter valido a expulsão do mesmo Moreno.
Ao intervalo, só o nosso desacerto defensivo e a incapacidade dos rins do Javi perante o Assis justificavam o resultado.
Mas o SLB não entrou bem na segunda parte, e permitiu flagrante ocasião de golo, por nossa sorte Quim (renovem com ele, pá!) estava mais uma vez nos seus dias. E foi com o mesmo cinismo que em contra-corretente o Vitória marcou que pouco depois chegámos ao golo.
Carlos MARTINS não passou a bola e chutou forte perante um Nilson que, por uma vez, pareceu mal batido na Luz. Não satisfeito, repetiu a dose, mas agora num remate de levantar um estádio inteiro. Nem que tivesse asas o guarda-redes lá chegava. Parecia decidido o encontro até que uma infantilidade do vulcão Martins levou à sua expulsão. Deu para tudo: para bisar, para ralhar com o Cardozo e para sair pela porta pequena.
Por incrível que pareça, após a expulsão tivemos a mais flagrante oportunidade. Cardozo falhou um verdadeiro penálti em movimento. Não muito depois, em mais um momento de infelicidade, Éder Luís atirou à barra. O Vitória teve, nesta fase, um punhado de boas situações, mas valha a verdade que lhe foi perdoada uma expulsão, por agressão ao desafortunado Cardozo.
Justíssimo triunfo frente a uma forte equipa, como disse JJ. Tal como eu lhe digo: está de olho que enquanto estivermos na luta não faltarão manobras para nos desestabilizar.
Parabéns a quem embalou a equipa. Mais uma vez, os nossos adeptos.
Abraço