O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Águia renasce das cinzas nas asas de Coentrão

SLB 2-1 Clube Sport Marítimo

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Obra-prima leva a Luz ao rubro


SLB 2-1 Vfb Stüttgart 1893 Depois do susto, foi um Benfica renascido que deu a volta ao marcador e averbou vitória europeia.
A primeira parte foi fraca, talvez porque as palavras exageradas do nosso treinador levaram a alguma descompressão da equipa, ou porque a equipa germânica se apresentou tacticamente disciplinada e fisicamente fresca, longe do que a sua posição na Bundesliga permitia indiciar.
Após alguns lances que deixaram a nossa defensiva em sobressalto, desde o início do jogo, o corolário do ascendente alemão surgiu à passagem dos 20 minutos, quando Harnik fez a bola sobrevoar Roberto.
Apesar da reacção, houve sempre mais coração do que cabeça, e pouca mossa causámos nos primeiros 45'. Ainda assim, passou em claro (mais) um penálti claro sobre Coentrão. Fomos para intervalo com desvantagem no marcador, numa altura em que precisávamos de refrescar as ideias.
A segunda parte foi completamente diferente, com um Benfica à sua própria imagem, generoso, de futebol ofensivo e vistoso. De volta ao massacre. As bolas foram chegando com perigo à área do Estugarda, e só Ulreich ia salvando teimosamente, às vezes quase por milagre, a vantagem alemã.
Mas os portugueses não são de se ficar, e a certa altura o golo passou de iminente a inevitável: CARDOZO fez um remate à meia volta imparável que fez a bola entrar junto ao poste da baliza alemã. A Luz finalmente explodia de satisfação, e o vendaval de ataque, mais sôfrego do que racional, tinha finalmente resultado.
JJ fez então duas alterações, e para espanto de muitos deixou Franco Jara em campo, ele que subiu drasticamente de produção após o intervalo. Pois foi o mesmo JARA que assinou um momento que merece ser visto e revisto. Num remate a uns bons 20 metros da linha de golo, fez um chapéu monumental ao guarda-redes, que nem a trave impediu de entrar na baliza. Cardozo ainda confirmou, mas o clímax do jogo estava feito.
O Estugarda ainda assustou num livre que levou a bola ao ferro, mas seria o Benfica a terminar por cima e com algumas chances de golo, mas Cardozo e Kardec não foram felizes.
Vitória incontestável, mas num jogo em que temos lições a tirar. Não podemos entrar em jogo da forma como o fizemos esta tarde, e na Alemanha outra entrada em falso será fatal, até porque eles já terão disponível Pogrebniak. Se entrar em campo o Benfica da segunda parte, mesmo sem o vulcão da Luz para iluminar o caminho, podemos fazer história. Assim seja.
CARREGA BENFICA!
Abraço

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Coentrão: Benfiquista até à medula


«Fábio Coentrão reiterou esta segunda-feira a sua fidelidade ao Benfica, depois das declarações após o Portugal-Argentina da semana passada, onde demonstrara a sua ambição de experimentar outros campeonatos.

"É bom ouvir que outros clubes estão interessados em mim. Significa que estão atentos ao meu trabalho, mas não me canso de dizer que amo o Benfica, gosto de estar aqui, tenho contrato até 2016 e quero ficar aqui" afirmou o lateral-esquerdo, à margem da cerimónia de apresentação das novas botas da Adidas (F50 Adizero Prime), em Lisboa.

O internacional português já viu o seu nome ser associado ao Real Madrid e Manchester United, entre outros colossos do futebol europeu, mas está "blindado" por uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros e contrato válido até 2016».

Abraço

domingo, 13 de fevereiro de 2011

De se tirar o chapéu


SLB 3-0 Vitória Sport Clube Excelente exibição do Benfica, que fez a delícias dos 55 mil espectadores que se deslocaram à Luz e que coroou da melhor forma o aniversário de Luisão.
Os nossos jogadores entraram mandões em campo, a praticar futebol que é um regalo para os amantes do desporto-rei e a justificar as declarações destemidas de JJ antes da partida. Com um volume de jogo impressionante, constante circulação de bola e um fulgor físico e técnico que deixaram a cabeça em água ao adversário, fizemos uma primeira parte à Benfica. Tanto que aos 24', quando na sequência de um canto SIDNEI cabeceia decidido para a baliza tínhamos já falhado uma mão cheia de oportunidades.
Cinco minutos depois, Cardozo cobra um livre e dá para Salvio, que na cara de Nilson atira ao poste; já aos 40', era Gaitán que levava a bola à trave em mais uma perdida incrível. A bola teimava em não entrar.
A erupção de jogo ofensivo era tal que ao intervalo a percentagem de posse de bola era de 76%-24%, e a vantagem mínima traduzia com gritante magreza um domínio absoluto.
Depois de um primeiro tempo de alta voltagem, era natural que após o descanso o volume de jogo decrescesse, como aconteceu, mas continuámos a ser a melhor equipa em campo e foi sem surpresa que quatro minutos volvidos Sidnei assistisse com um passe longo (devolvendo o favor ao Mago argentino) AIMAR, que faz em dois tempos uma recepção de bola primorosa e um remate letal para Nilson. Dois a zero, e a Luz suspirava enfim de alívio após um irritante manancial de chances falhadas.
A partir daí, as oportunidades continuaram a suceder-se, e adivinhava-se o terceiro golo. Cardozo chegou mesmo a introduzir a bola dentro da baliza, mas o lance foi anulado por um fora-de-jogo no limite que só com muita boa vontade se pode aceitar. O mesmo fez Saviola, pouco depois, só que agora é mesmo imperceptível a razão por que o golo foi anulado, pois o golo não foi precedido de fora-de-jogo nem de falta. Quando não eram os postes, era a arbitragem que nos impedia de engordar o marcador.
Curiosamente, parecia que a justiça tinha finalmente chegado quando Saviola foi derrubado na área vimaranense e foi assinalado penáltie. Contudo, o goleador paraguaio parecia mesmo em noite aziaga, e chutou para fora.
Nem por isso o nosso jogo esmoreceu, e quando foi preciso, na única situação delicada para a nossa baliza, Roberto respondeu à altura do desafio. Já ao cair do pano, quando todos se aprestavam para se levantar da cadeira depois de uma barrigada de bom futebol perante uma das melhores formações do futebol luso, eis que o senhor MARTINS vai para a carreira de tiro e saca um belo chapéu, desde fora da área. O momento da noite, que o autor dedicou a Nuno Gomes.
Jogo de se lhe tirar o chapéu, mas não é altura para embandeirar em arco. Está marcado para quinta um duro desafio europeu.
CARREGA BENFICA!
Abraço

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O patinho feio da facturação do Benfica

Foi hoje conhecido o estudo que anualmente é publicado quantificando o volume de receitas dos principais clubes mundiais. Num estudo onde o Benfica é o único Clube português a figurar nas contas finais, somos cotados como o 26º clube mundial em valor absoluto das receitas no período 2009/2010: ao todo 98, 2 milhões. Em época de carestia, quedamo-nos a menos de 20 milhões do lote dos 20 primeiros (que já integrámos uma vez, em 2005/2006). Naturalmente, sendo isto muito meritório num país com um mercado limitado como Portugal, não só em número de habitantes como em poder de compra, pouco ou nada revela sobre o que realmente interessa: a consolidação e sustentabilidade das nossas contas.
Mas o que este estudo vem demonstrar de realmente interessante é o peso específico de certas fontes de receita. Assim, na classificação das receitas de bilheteira, ocupamos um impressionante 11º lugar (recorde-se como é consensual em Portugal a falta de espectadores nos recintos desportivos); ao passo que nas receitas comerciais (vulgo, merchandising), estamos em 17º!
O que faz, então, arrastar as nossas receitas para um - mesmo assim, honroso - 26º lugar?
A resposta só pode ser uma: as receitas provenientes dos chamados "direitos televisivos". Aqui está o "calcanhar de Aquiles dos nossos réditos. Este problema já foi bem esmiuçado e continua a suscitar posições acaloradas dos Benfiquistas, apesar de já ter barbas.
O problema destes direitos eclodiu ainda o ladrão e foragido presidia a este Clube, com a resolução do contrato de cedência dos mesmos à Olivedesportos, empresa que, apesar de os adquirir, não detinha licença de transmissão televisiva, limitando-se a revendê-los à RTP. O fundamento de tal decisão prendia-se com a impossibilidade de o Clube, organizador do evento desportivo, transmitir o direito à sua transmissão audiovisual a uma entidade que não o podia exercer de facto, por não ter licença de transmissão, o que ditaria a nulidade do contrato. Acto contínuo, contratámos com a SIC, que dispunha da referida licença, a cedência desse direito.
A Olivedesportos recorreu a Tribunal, e a querela prometia pano para mangas, mas foi solucionada com a chegada de Vilarinho. Confrontado com um cenário calamitoso, e perante rumores de que o Supremo se preparava para dar procedência ao recurso da Olivedesportos, o que afundava o Clube ainda mais, chegou a um acordo leonino para a Olivedesportos e miserável para o Benfica, mas que era o único balão de oxigénio para o momento de aperto.
E é este o acordo, celebrado em 2000/2001 mas que só termina em 2013, que ainda estrangula a fatia das nossas receitas resultante das transmissões televisivas. Hoje em dia, recebemos por ano uma quantia inferior aos 10 milhões de euros, praticamente tanto como os outros dois "grandes", apesar de os nossos jogos terem uma audiência francamente superior e de esse ser um valor irrisório tendo em conta a rentabilidade das transmissões dos nossos jogos.
É verdade que estes direitos incidem apenas sobre os jogos da Liga que realizamos em casa (15 por época), assim como as receitas de bilheteira também estão dependentes dos jogos em casa. Mas num tempo em que o sucesso comercial dos espectáculos desportivos se mede pelas audiências e não pela afluência às bilheteiras, e os milhares que assistem aos nossos jogos nas bancadas são largamente superados por aqueles que assistem pela televisão aos nossos jogos, e quando a Olivedesportos já não nos tem de joelhos, faz sentido reflectir com cuidado o destino que vamos dar a estes direitos.
Com o surgimento da Benfica TV, deixámos de estar sujeitos ao monopólio da Sport tv, embora este trunfo seja de eficácia duvidosa, pois o benefício directo em publicidade (e recorde-se que a Benfica TV é um canal do pacote de desporto da MEO, que não é líder de mercado, ao contrário da ZON) dificilmente seria superior aos milhões que a Olivedesportos pode oferecer.
Ora, é aqui que surgiu a promessa de um novo operador no mercado das transmissões televisivas de desporto, no projecto de Rui Pedro Soares e Emídio Rangel, os quais já adquiriram os direitos de transmissão da Liga Espanhola a partir de 2012. Não vou entrar em especulações, mas se houver mais do que uma proposta pelos direitos, será muito benéfico para nós.
Aí o que deve decidir é o valor e condições das propostas. Nem me importo que continue a ser a Olivedesportos o nosso parceiro, desde que apresentem a melhor oferta. Temos é que ter muita cautela com a duração do novo contrato, para não hipotecar o futuro. Em todo o caso, já não falta muito tempo para 2013...
Abraço

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Audácia e suor valem pontos


Vitória Futebol Clube 0-2 SLB As previsões de JJ estavam certas. Em Setúbal esperava-nos um dos mais duros testes da época, e se houve alguma nuvem de descompressão na cabeça dos nossos jogadores certamente que ela se dissipou assim que o jogo começou a correr.
Num campo tradicionalmente difícil para nós, o Vitória entrou muito agressivo em jogo, pressionando ao máximo os nossos jogadores, que se mostraram algo nervosos com o início surpreendente do adversário. Concedemos algumas oportunidades ao adversário, seja porque o lado esquerdo não tinha resguardo e Peixoto se via e desejava quando lhe apareciam à frente por vezes dois jogadores, seja porque Roberto executou mal uma reposição de bola e num lance um pouco à Moretto acabou por salvar o golo com uma bela defesa.
Sublinhe-se que esta foi a única falha em todo o jogo do guardião, que no mais até teve algumas defesas importantes, longe de tempos passados. O Vitória, esse fazia talvez o melhor jogo da época, e o engodo táctico do recuo das linhas para depois lançar contra-ataques mortíferos pelas alas resultava na perfeição. Por volta do meio da primeira parte, o SLB dispôs de oportunidades de golo, mas Miguelito salvou em cima da linha um remate de Cardozo e Luisão, após pormenores técnicos deliciosos, acabou por ver a bola raspar a trave.
No Bonfim, lutava-se mais do que se jogava, e a sensação era de que qualquer equipa podia chegar à vantagem até que, quando todos se preparavam para o intervalo, Saviola descobre GAITÁN lhe endossa a bola para de pé esquerdo e de primeira abrir o activo. Bela execução, e a fortuna premiava com toda a justiça a audácia de quem lutou até ao último segundo.
A segunda parte começou à imagem da primeira, embora o Vitória já não incomodasse tanto a nossa defesa, que esteve segura, muito graças a um imperial Luisão, um dos homens da noite.
Apesar da abnegação e do esforço que o jogo nos exigiu, tínhamos o controlo do jogo, e Roberto ia correspondendo aos muitos livres que os sadinos beneficiaram. O Vitória, obrigado a arriscar, desguarneceu o meio-campo, e as substituições de JJ voltaram a surtir efeito: JARA apanhou a equipa contrária em contrapé e, após tabelinha com Máxi, fez com um magnífico pontapé de moinho o golo da tranquilidade.
Refira-se que logo depois Javi fez o que devia ter sido o terceiro golo, na sequência de um canto, mas o árbitro invalidou mal o lance. Felizmente, sem consequências de maior.
Vitória justa e inequívoca, num jogo repartido e quezilento, sem nota artística mas muito... moralizadora. Afinal, em competições domésticas, vão 15 jogos a ganhar. Estamos muito mais coesos e muito mais fortes do que no início da época, e este crescimento não pode parar.
CARREGA BENFICA!
Abraço

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A 1ª batalha está ganha


FC Porto 0-2 SLB Humildade, garra e ambição impõe respeito pelo Benfica Campeão!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Três entradas e duas saídas, contas de Janeiro

O Benfica, mais uma vez, não deixou passar o mês de Janeiro sem se movimentar no mercado. Nos últimos quatro anos, só por uma vez nos mantivemos impávidos nesta janela de transferências, como já tinha dito num anterior post. Impõe-se um breve rescaldo das transformações do plantel.
Começo pelas despedidas. David Luiz foi a mais sonante venda deste mês em Portugal, e permitiu um importante encaixe financeiro extraordinário que ajuda a garrotear o rombo da frustrante participação na Champions. Orçamentou-se receitas que não chegaram a entrar na Luz, ora porque realizámos a pior participação de sempre na principal prova de clubes, ora porque a crise aperta e a campanha da nossa equipa não tem garantido tantos espectadores em casa.
Neste contexto, em que o esforço que vem de trás já foi muito, e em que a dívida à banca pode asfixiar o Clube, como já acontece com outros, faz sentido o negócio. De nada vale esconder que já vem com seis meses de atraso (dizem os jornais que no Verão o negócio podia ter sido feito por 32 milhões), mas o jogador não se exibiu ao nível da época passada, e nada leva a crer que daqui até Julho valorizasse mais do que o seu preço actual.
A novela do vai não vai, que se arrastou tempo demais, ia deixar marcas no jogador, que veria novamente fugir o ordenado milionário com que lhe acenavam de Inglaterra. Esta foi uma transferência em que falhámos o "timing".
David Luiz foi dos melhores centrais que vi no Benfica, deixa saudades como deixa qualquer bom jogador, mas mais do que os números o que vai dizer se esta alienação será coroada de sucesso é a forma como será substituído na equipa. Sidnei e JJ têm a palavra.
A outra saída é a de Fábio Faria, emprestado ao Valladolid após uma passagem meteórica pelo plantel do Benfica. Sinceramente, não percebi a aquisição. É intolerável que um jogador venha para o Benfica para fazer meia dúzia de minutos e rumar na reabertura das inscrições para estas paragens, e a direcção é useira e vezeira nisto. São inúmeros os exemplos, desde Éder Luís ao Urreta. Quem enche os bolsos com esta palhaçada? Haja pachorra para esta política de aeroporto.
Quanto às entradas, a mais lógica é a de Jardel. É um jogador que joga em Portugal há ano e meio, que evoluía na nossa liga e para uma posição que ficou carenciada neste Janeiro. A surpresa é mesmo sermos tão pitosgas que preferimos estoirar milhões no campeonato argentino quando há jogadores acessíveis e pelo menos tão bons debaixo dos nossos narizes.
De Fernández não posso falar, dele pouco vi, e ele ainda pouco mostrou. Mas a posição que ocupa, a de médio ala esquerdo, é uma das nossas carências.
Carole vem como alternativa a Coentrão. É um miúdo de 20 anos, e a minha dúvida é se é mais um para fazer número como vários do actual plantel e aquecer o banco nos próximos anos (não é preciso muito, se até o Menezes o conseguiu...) ou se se vai afirmar como opção válida (na pré-época do próximo ano, imagino). Certo é que também dependerá de quem mais contrataremos para a sua posição, perante a anunciada venda do Coentrão.
Findo este período, em termos financeiros, o saldo é fabuloso: menos de três milhões gastos, 25 milhões averbados. Em termos desportivos, ou muito me engano ou já esta quarta-feira o futuro começará a julgar o seu impacto desportivo.
Abraço