Obrigado Saviola

Entre os achados do Rui Costa que não foram roubados pelos fruteiros, há um que me surpreendeu muito pela positiva: Javier Pedro Saviola. Depois de dois longos anos de degredo futebolístico no Real Madrid, Saviola mostrou que quem sabe mesmo jogar à bola nunca esquece.

Para além dos golos que marca - e muitos marcou que foram decisivos - este jogador actua como elo de ligação no nosso ataque, quer pelas combinações com o Aimar, quer pelos passes exímios para os companheiros nas acções ofensivas. Trata-se de um jogador de entrega total ao jogo, e se por vezes não concretiza, é porque já antes conseguiu colocar-se em condições de o fazer e já rompeu a defesa contrária.

É, quanto a mim, o mais decisivo dos nossos atacantes, e se JJ não lhe dá descanso mesmo com sinais claros de fadiga, é porque lhe reconhece todo o seu valor. Aos 27 anos e com toda a experiência já acumulada em alguns dos melhores clubes europeus, é um dos nossos activos mais valiosos, mas também daqueles que não podemos prescindir.

Por isso, independentemente dos momentos que atravesses, Obrigado, Saviola!

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"Três autocarros de adeptos do Benfica que regressavam ao Norte do país foram apedrejados na madrugada deste domingo, na A1, junto à área de serviço de Aveiras, apurou o tvi24.pt junto de fonte policial.
Benfica mais perto do título
Os três autocarros foram atacados com pedras que «provavelmente foram arremessadas de um viaduto», indicou a mesma fonte. O incidente não fez feridos, no entanto, dois dos autocarros ficaram danificados. Segundo a GNR, uma porta lateral foi danificada e há ainda registo de vários riscos nos veículos.
Fonte da PSP adiantou também que não foi detido nenhum dos suspeitos da violência, pelo que, de momento, não é possível saber o motivo do apedrejamento".

Fonte: diario.iol.pt

Forte coração

SLB 1-0 Sporting Clube de Braga Vencemos aquele que por muitos era considerado o "jogo do título" contra uma excelente equipa que tinha apostado na provocação e na guerra psicológica contra nós. Felizmente venceu o futebol, e em futebol não recebemos lições de ninguém. Quer isto dizer que o título está no papo? Certamente que não, e por isso mais do que nunca será preciso a voz dos Benfiquistas para empurrar a equipa para a vitória nas finais que se aproximam.

É ainda cedo para euforias, pois temos ainda calendário europeu e dois clássicos e difíceis deslocações no campeonato que devem ser encaradas como finais. Ainda assim, a vitória justíssima e sem margem para dúvidas desta noite abre-nos boas perspectivas.

O jogo cedo mostrou que seria um duelo táctico, com os ataques a esbarrarem numa teia defensiva montada pelo adversário, que se precaveu bem e tentava a sorte em contra-ataques e lances de bola parada. Na primeira parte o nosso domínio de jogo foi claro, fruto das estratégias dos treinadores e da qualidade dos nossos talentos. Mas a primeira oportunidade digna desse nome surge tarde, o ansiado Saviola desperdiça um golo feito na cara do guarda-redes e dá o mote para o que seria uma tarde desinspirada dos pontas.

Estava tudo pronto do intervalo, com o minuto de descontos dado pelo árbitro prestes a esgotar-se quando se dá a explosão de alegria no Estádio da Luz. Após um canto batido à maneira curta, Javi assiste LUISÃO, que recebe com o joelho e não falha diante das redes.

A segunda parte trouxe um SLB ainda mais pressionante e perigoso, que não acertava com as redes numa mão cheia de oportunidades. E seria curiosamente uma infelicidade do clube minhoto - lesão de Mossoró - a dar origem à reentrada do Braga em jogo, pois as alterações na equipa tornaram-na bem mais acutilante (disporia de duas ocasiões de perigo, uma das quais bem anulada por David Luiz).

A segunda parte foi bem mais disputada, mas o que mais sobressaiu foi mesmo um ataque Benfiquista demasiado perdulário face à produção de Di Maria e Ramires. Numa das nossas incursões, já perto do fim, ficou mesmo um penálti por assinalar a nosso favor, por corte da bola com a mão de Moisés, por sinal a melhor unidade dos bracarenses.

Com esta vitória, o SLB alarga o pecúlio de vantagem que já tinha, e dá uma forte estocada na arrogância da direcção do Braga e de alguns que não escondem o ódio que sentem por nós.
Mas há ainda muito campeonato por disputar - 18 pontos - pelo que temos de continuar a acelerar.

Não queria terminar sem um reparo. O presidente insiste em cometer os erros do passado. Declarar que ninguém nos vai parar pode momentaneamente empolgar as massas, mas não é bom para o SLB pois aumenta a pressão sobre a equipa numa fase decisiva. Se a intenção é motivar os adversários, então parabéns; se não o é deixo um conselho: CALA A MATRACA!

Ainda bem que há gente que tem os pés bem assentes no chão no SLB: JJ.
Abraço

Lembras-te, patife???

A vergonha é mesmo um bem precioso para quem não tem carácter: quando não se tem, mostra-se o quão execrável se pode ser. O indivíduo na foto (adivinhem a quem ele dirige o gesto...) nunca devia ter vestido a nossa camisola. Abençoada a hora em que saiu porta fora, com a resolução de um mercenário que morde a mão que o acarinhou.
Rodríguez está bem para o clube onde se encontra agora, mas nós, Benfiquistas, nunca poderemos esquecer a forma como desprezou e traiu o clube que dizia amar a troco de uns (exorbitantes) soldos.
Porque temos memória, e a propósito de um acto bem demonstrativo da sua falta de qualidades humanas, publico uma notícia que recentemente encontrei num blog benfiquista, datada de há dois anos:

Sexta-feira, 21 de Setembro de 2007

Cristian Rodriguez: «É o clube do povo»

21/09/2007 FUTEBOL
Uruguaio não poupa elogios ao Benfica
Cristian Rodriguez: «É o clube do povo»

O uruguaio Cristian Rodriguez esteve esta sexta-feira na sala de imprensa do Caixa Futebol Campus, após o treino, para abordar a sua experiência ao serviço do Benfica.

Depois de se ter estreado a titular com um belo golo ante a Naval, o extremo deixou um desejo: «Espero marcar mais golos e triunfar no futebol português. Com o tempo vou adaptar-me mais à equipa e quero ser mais um elemento a ajudar», afirmou antes de destacar ser o Benfica um «grande clube europeu». «É o clube com mais adeptos do mundo. É o clube do povo, um pouco como o Peñarol, onde joguei», lembrou

Curioso foi o facto de Cristian Rodriguez ter explicado porque razão é chamado, por muitos, como "cebola". «O meu pai chama-me cebola desde pequeno e o meu irmão também. Depois os vossos colegas jornalistas pegaram nisso. Mas o que eu quero é dar o máximo pela equipa», referiu o atleta, deixando para segundo plano as famosas fintas que muitos dizem fazerem chorar os seus opositores.

Depois, abordando o misto de experiência e juventude do plantel, o atleta referiu que «Rui costa tem uma enorme experiência». «Já o Dí Maria é um jovem com muita técnica e esteve muito bem no Mundial Sub-20. Também tem muito caminho pela frente, como eu, mas vai ser um bom jogador», frisou.

Referindo que o jogo com o Milan «já lá vai» e que «na Luz o Benfica tentará recuperar os três pontos», Rodriguez preferiu abordar o confronto do próximo domingo, com o Braga: «Não conheço tão bem assim a equipa, mas alguns colegas já me disseram que é uma boa equipa, com jogadores de qualidade».
in: gloriosobenfica.blogs.sapo.pt/1828.html

Já não te lembras disto, patife? O dinheiro subiu-te à cabeça?
Abraço

Akelas mákinas

SLB 3-0 FC do Porto Vitória tremenda, final ganha, taça para as vitrinas da Luz. Simples e bonito, assim foi o nosso jogo. Apesar de se tratar uma taça não muito prestigiada (que acabámos por prestigiar com exibições e goleadas sobre os principais rivais), ganhar a quem ganhámos da maneira como ganhámos é sempre muito saboroso.
A justiça do nosso triunfo foi total, e depois dos incidentes provocados por criminosos da claque adversária (apedrejar indiscriminadamente é animalesco) e do comportamento de alguns adversários em campo (como é que o carniceiro caceteiro do Bruto Alves não foi expulso!?) torna-se ainda mais justa.
Seria agora tentador entrar em euforias e desdenhar do adversário, mas não o vou fazer, porque nem todos tiveram este tipo de atitude. Aliás, o jogo foi tudo menos um passeio triunfal, e nem começou muito bem, mas o Quim mostrou que estava para as encomendas. Pelo contrário, Nuno Espírito Santo (o tal do grito do "Ipiranga") brindou-nos com uma fífia inesperada num remate do RÚBEN AMORIM que parecia votado ao insucesso. 1 a zero aos 9'.
A partir daí tudo seria mais simples, não fosse pelo facto de o árbitro ser o Jorge de Sousa (blergh) e de não termos tido tempo mínimo de repouso. O adversário reagiria e passámos por alguns momentos de apuro pouco depois, mas nada com consistência ou que chegasse para intimidar mais o Quim. Seriam até Fábio Coentrão e Kardec a levar mais perigo às suas redes, numa tendência de fogo amigo que já se tornou habitual nesta temporada.
Se fomos felizes no início de jogo, CARLOS MARTINS tratou de nos fazer sair para intervalo a sorrir. Grande tiro que entrou pelo canto superior esquerdo da baliza do pobre Nuno. Esta nem o Yashin lá ia.
Se até aí não nos podíamos queixar da dimensão da vantagem, a segunda parte foi claramente dominada por nós. JJ soube gerir a equipa e nunca deixámos de fazer pressão alta e de criar perigo. O nosso meio campo esteve intratável e assistimos a momentos de grande beleza, graças à valia técnica e forte confiança dos nossos jogadores. Não me vou esquecer daquela jogada fabulosa do central David Luiz, a partir os rins a dois adversários com gestos técnicos dignos de um craque mundial, que merecia mais do que a bola a rasar o poste.
Já no fim, a cereja no topo do bolo: Amorim, após tabelinha com um colega, isola-se e atira ao poste, CARDOZO no sítio certo faz um golo fácil.
3-0 num clássico é um resultado expressivo. Mas não nos iludamos, pois esta final é só aperitivo para o que aí vem. O campeonato é a nossa prioridade, e aproximam-se 7 finais, a primeira das quais já o Braga, que teve 2 semanas de repouso.
Por isso, não é tempo de "limpar espingardas", todos à Luz para o que aí vem!
Por fim, JJ: grande Homem, muito obrigado por fazeres esta gente toda sorrir. Continua, por nós! Este título é para o teu Pai!
Carrega Benfica!
Abraço

Julinho até sempre

A alegria desta noite está infelizmente ensombrada pela morte de um dos jogadores míticos da história do SLB. Julinho, outrora glorioso avançado, faleceu hoje e por isso esta vitória é em honra da sua memória. Até sempre Julinho.

Sangue, suor e glória

Olympique Marseille 1-2 SLB Eu bem sabia que não havíamos de morrer na praia. O veneno que nos serviram em casa retribuímos nós em França com uma exibição esclarecedora. A haver um vencedor só podíamos ser mesmo nós, e, pelo que se passou neste jogo, a escassez da vantagem não reflecte minimamente o nosso ascendente em campo.
Só uma equipa de tremendo nível, abnegação e maturidade poderia ter feito um jogo memorável como o do Vélòdrome. Queriam reviravoltas, queriam espírito de sacrifício e inteligência táctica? Então olhem para este jogo com olhos de ver.
O SLB evidenciou bem ao que vinha desde o início de jogo, e se não ficámos logo a ganhar na primeira parte podemos "agradecê-lo" ao árbitro (2 penáltis gamados) e ao desacerto em frente à baliza adversária. Depois de um domínio de jogo evidente, por pouco não pagávamos caro o azar (bolas nos postes) e a misericórdia que demonstrávamos ao atirar a baliza, pois Lucho por pouco não concretizava a única oportunidade de golo dos marselheses.
Deschamps prometera não jogar para o empate, mas não pôde ou não quis discutir o jogo connosco, talvez por alguma arrogância por tanto desacerto nosso. Ainda assim, o início da segunda parte trouxe uma partida mais equilibrada, mas nunca deixámos de ser os mais perigosos, tanto que quando o Marselha marcou, aos 70', num livre que me deixou dúvidas e em que Júlio César mostrou por que é aposta de risco, estávamos perante uma injustiça monstruosa. A única vez em que o Marselha chegou à nossa baliza, e de bola parada, não perdoou, mas nós vínhamos desperdiçando oportunidades atrás de oportunidades. Devem ter sido mais do que uma dezena, na cara do guarda-redes.
Mas injustiça tão insuportável não podia continuar, e acabámos premiados por alguma felicidade no remate de MAXI (os franceses devem ter pesadelos com ele), que nos deu um empate que tinha ainda sabor a muitíssimo pouco.
A sucessão de falhanços que nos levava ao desespero teimava em continuar (só Cardozo e Di Maria devem ter contabilizado uns cinco cada um), mas eis senão quando, num livre de que dispusemos aos 88', a justiça veio servida num prato bem gelado no Vélòdrome. ALAN KARDEC aproveita uma sobra e, de ângulo muito apertado mete a bola pelo buraco da agulha. Depois de um momento de dúvida, por tantas ocasiões mais flagrantes terem falhado, a justíssima explosão de alegria dos Benfiquistas que coloca a melhor equipa, como provámos sobretudo neste jogo, mas também na Luz, na rota dos quartos de final. Golo 100 (!!!) da época em jogos oficiais!
Exibição europeia como me lembro de poucas, espírito de sacrifício impressionante dos meninos do JJ. Espero que saibamos gerir tanto esforço no jogo de domingo, mas a raça do SLB saberá vencer as adversidades.
Podem atacar-nos com tudo o que quiserem, queixas-crime desesperadas, finais importantes sem tempo de recuperação frente a adversários que têm mais de uma semana de descanso, capas nojentas como a dum jornal mentiroso e pulha como "oJogo", ou Jorges de Sousas. Não cederemos, não nos fazem frente.
Carrega Benfica!
Abraço

Temos finais para ganhar

Clube Desportivo Nacional 0-1 SLB A vitória de ontem, num Estádio da Madeira com lotação record, foi mais um suplemento de ânimo para as hostes Benfiquistas. Depois de experimentar o desespero com (mais) um penálti importante desperdiçado por Cardozo, JJ e demais elementos do banco do SLB levantaram-se e vibraram como raras vezes com a redenção do paraguaio.
Mas nem ele nem nós nos devemos iludir: na prova de fundo da Liga as dificuldades acabaram de começar. Aproxima-se a passos largos mais uma final, no nosso estádio com o SC Braga, e antes disso, ainda esta semana, a final da Taça da Liga, e antes dela ainda outra decisão, em Marselha.
Não acredito que JJ force o limite do risco e não rode a equipa em competições que não nos devem distrair, como a Liga Europa. É óbvio que não quero ser enxovalhado em Marselha, mas não podemos arriscar os nossos trunfos numa competição que não é o nosso objectivo principal e onde, a meu ver, temos poucas hipóteses.
Antes das cavalarias europeias temos de dominar o futebol nacional, e para isso temos de dar tudo por tudo para não desbaratar o que construimos até aqui.
Chamem-me pessimista, mas deixo um conselho a JJ: três finais em duas semanas é demais para um só onze. Creio que interpreto a vontade dos Benfiquistas se disser que trocávamos uma vitória no Vélòdrome por uma vitória nas finais portuguesas. Afinal, se o plantel é tão homogéneo como se diz, por que não demonstrá-lo?
Eu se fosse eu pouparia Saviola (que é feito do Nuno Gomes?), Javi, Ramires e Aimar em França. Quem quer que jogue tem de dar ao pedal, que quero a passagem aos "quartos". Por isso, Carrega Benfica!
Abraço

Não vamos morrer na praia

SLB 1-1 Olympique Marseille Marselha é uma cidade conhecida pela sua proximidade com zonas balneares. Mas o SLB não vai morrer na praia. Desengane-se quem pensa que a eliminatória acabou. Eu acredito. Ainda temos uma palavra a dizer.

Recital de futebol

SLB 3-1 Futebol Clube Paços de Ferreira

Em boa hora tivemos hoje mais uma barrigada de bom futebol oferecido por JJ e seus pupilos. Apesar de a diferença de marcador não ser tão dilatada como em outros jogos, esta exibição não fica atrás de nenhuma outra, e se a vantagem não espelha na perfeição o que se passou em campo isso deve-se à grande prestação do guarda-redes pacense e a algum desacerto dos nossos jogadores perante a baliza.
E não podíamos ter tido um melhor começo de jogo, coroado com uma cabeçada certeira de AMORIM, na sequência de uma insistência de Cardozo. O SLB impôs desde o primeiro minuto um ritmo muito elevado em campo e foi sem qualquer escândalo que SAVIOLA recebeu um endosso de Di Maria, fintou quem se lhe atravessou à frente e venceu o duelo de "coelhos".
O SLB fazia uma exibição de grande entrega, e se não marcou mais foi porque foi assinalado um fora-de-jogo muito duvidoso a Cardozo quando se tinha isolado e porque Saviola falhou um lance de golo iminente.
Mas o SLB não soube fazer a gestão de tão grande esforço, e pagou-o bem caro, pois o Paços, que não veio à Luz pôr o autocarro e que fez um jogo abnegado - que contra outra equipa provavelmente lhe daria a vitória -, afoitou-se e aproveitou uma falha de posicionamento de David Luiz. Diga-se que David Luiz tem potencial para ser tecnicamente o melhor central do mundo, mas tem de saber dosear as suas subidas no terreno. William cabeceou à vontade na grande área perante um desamparado Quim a fechar a primeira parte.
Quando se temia que o SLB reentrasse nervoso para o relvado, a equipa mostrou toda a sua raça e nunca se encolheu perante um Paços atrevido. Aliás, apesar do menor fulgor, a segunda parte foi ainda mais desequilibrada. E esta atitude guerreira permitir-nos-ia colher os devidos frutos mais tarde. Primeiro foi Di Maria que uma vez mais esfrangalhou a defesa do adversário e rematou à trave da baliza de Coelho. Depois, foi CARDOZO que com a ponta de felicidade que antes faltara fez o golo e nos deu a merecida tranquilidade. A partir daí, sem tirar o pé do acelerador, foi gerir o jogo e substituir as unidades mais exaustas . Martins, Saviola e Airton (que excelentes augúrios!) tiveram a merecida ovação de um público cada vez mais confiante e avassalador.
Bela vitória, futebol de primeira, mas atenção. Começa agora o ciclo final, que decidirá o nosso destino na Liga. Não há como fraquejar agora, por isso seria prudente não arriscar na Liga Europa.
MVP: Obviamente, o anjo dos pés de ouro. Di Maria.

Justiça!

Numa altura em estamos ainda muito longe de conquistar o título (embora mais perto do que qualquer outro clube), não podemos vacilar nos momentos decisivos. E se alguém sempre se mostrou perito em não vacilar nestes momentos esse alguém é Quim, um dos poucos elementos do plantel que já saborearam um título pelo SLB.
Quim tem sido não só crucial (nem é preciso grande esforço de memória para rever intervenções preciosas) como também o dono da baliza menos batida nas competições nacionais em toda a Europa. Apesar de não ser um guarda-redes jovem, mesmo tendo em conta a maior longevidade da carreira de um guarda-redes, acredito que fará ainda dois ou três anos ao mais alto nível.
Trata-se, quanto a mim, não só do melhor guarda-redes português, como do mais fiável da nossa liga (os números demonstram-no), e de um dos jogadores preponderantes no nosso trajecto actual.
Quim termina contrato no final desta temporada, e pode já negociar o seu futuro, mas o SLB não parece disposto a acordar a renovação do contrato.
Em primeiro lugar, este desleixo poderia custar-nos bem caro, não fosse Quim um profissional exemplar, que não treme perante a indecisão do seu futuro.
Em segundo lugar, a renovação de Quim significaria a manutenção de um dos elementos agregadores com mais anos de casa e com mais experiência num balneário que é, e continuará a ser, bastante jovem.
Em terceiro lugar, Quim está a provar que é o melhor guarda-redes português. A não ser que venha um Cech ou um Casillas será que vamos ficar a ganhar com a mudança? Vale a pena acrescentar à injustiça da sua não convocatória para o Mundial uma não menos gritante?
Em quarto lugar o argumento de que pede um ordenado elevado (é o seu último contrato) apenas pode merecer um sorriso, se se pensar que acabámos de gastar 6 milhões num puto argentino que ainda nem veio e nos recusamos a renovar contrato e segurar o nosso melhor guarda-redes, permitindo eventualmente que ele vá reforçar os rivais.
Será que o SLB se pode dar ao luxo destas manigâncias, são estas as referências que queremos para o SLB, chutadas para canto quando ainda podem vir a ser fundamentais no futuro? Será que Júlio César ou Moreira ou outro que vier (certamente a troco de milhões para enriquecer ainda mais empresários) vão fazer melhor?
Rico deve ser o clube que se dá ao luxo de dispensar activos que estão mesmo debaixo do seu nariz, e que não reconhece as suas referências...
Abraço