O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Entrada masoquista foi salva a tempo


SLB 2-1 Paris Saint-Germain Footbal Club Uma vez mais, o Benfica falhou a entrada em jogo no estádio da Luz e arriscou-se a pagar bem cara a desconcentração inicial. Dá mesmo vontade de questionar se alguém se deu ao trabalho de estudar as equipas que nos visitam em competições europeias. Pior do que isso, a primeira parte do Benfica foi de deixar os cabelos em pé, descoordenação defensiva total, nervosismo, jogadores desposicionados que não sabiam bem o que faziam no campo, novos erros em bolas paradas que por sorte não deram golo.
Sorte que não durou sempre, porque às primeiras ameaças sucedeu-se o golo dos parisienses. Golo que não surpreendeu ninguém e que foi o corolário de mais um chorrilho de disparates defensivos, em que o adversário fez o que quis em frente à baliza enquanto os nossos jogadores cortavam a bola com os olhos.
Decepção na Luz, a que se seguiu, por volta da meia hora de jogo, a reacção encarnada. Os primeiros sinais de vida do Benfica surgiram pelo pé de Cardozo, exímio a cobrar livres, mas que teve réplica de Apoula. Pouco depois, a Luz agitou-se com uma ilusão de golo, devido a um ressalto que por pouco não desviava a bola para a baliza gaulesa.
Aos 41', o golo que já começávamos a merecer. Carlos Martins faz um passe em grande estilo e MÁXI apontou para a gaveta da baliza. Um tento merecidíssimo daquele que foi só o melhor em campo. Que raça, que coração!
A segunda parte veio em ritmo morno, destoando da vertigem que os últimos minutos da primeira parte trouxeram ao público da Luz. O Benfica, muito desgastado (alguém viu Gaitán e Salvio?), precisava de gente fresca para soltar o seu futebol.
E JJ sacou um coelho da cartola, de seu nome Pablo Aimar, que ao primeiro toque na bola originou mais um lance de claro prejuízo para o Benfica, se não bastasse o que temos vivido nas competições domésticas. O árbitro quis ser vedeta e fez vista grossa a um lance que não pode deixar dúvidas: Saviola foi carregado dentro da área, penálti por marcar.
O Benfica sentiu o toque, mas cerrou os dentes e continuou a pressionar e a empurrar o adversário, que já pouco incomodava, ainda mais para a sua baliza. E aos 81', eis que enfim se escreveu direito por linhas travessas: JARA pega na bola à entrada da área e coloca-a fora do alcance de Apoula. Belo golo do argentino, que voltou a justificar cada segundo de jogo. Um jogador à Benfica, que nunca dá um lance por perdido.
O Benfica salvou a face, diante dos seus adeptos, e aguarda-o um Campo dos Príncipes que certamente terá forte presença lusa. Um palco onde temos de vencer.
Abraço

Sem comentários:

Enviar um comentário