O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

sábado, 28 de agosto de 2010

Não há mal que sempre dure...



SLB 3-0 Vitória Futebol Clube Não há mal que sempre dure... mas ainda é cedo para o dar por debelado. Pelo menos, terminámos um jogo sem sofrer qualquer tento, o que já nem me lembrava de ver acontecer. Não se pense que este Setúbal foi presa fácil, só que também não aparenta ser dos conjuntos mais fortes da liga.
Para quem tanto buscava a tranquilidade, o jogo não podia começar melhor. Gaitán mostra credenciais num cruzamento de bandeja para o cabeceamento de CARDOZO, que nos adianta no marcador logo aos 4'.
Um começo de feição para a turma da Luz, que parecia embalar para a redenção junto dos seus adeptos. O que começou por ser um conto de fadas num ápice ameaçou tornar-se, porém, num pesadelo. Máxi atrapalha-se e faz um passe de risco para Júlio César, que sob a pressão do avançado vitoriano não desfaz o perigo e se vê obrigado a cometer penálti.
Confirmavam-se os piores receios sobre a nossa defesa, que, com exactamente os mesmos elementos do ano passado, não passava de uma fraca réplica do outrora segura base do nosso jogo. Salvio foi sacrificado e não terá grandes motivos para lembrar tão atribulada estreia; Roberto, o homem com a cabeça a prémio, teve uma oportunidade de ouro para brilhar.
Hugo Leal podia ter calado os adeptos do Clube que o lançou no futebol, mas Roberto acabou por renascer das cinzas e dar novo alento aos Benfiquistas. Nem tudo estava perdido.
Nem Roberto era, até agora, o único responsável dos nossos males, nem, de uma penada, passou a ser o novo herói da Luz, o guardião ideal para as nossas redes. Não é este suplemento de confiança que o fará, por magia, ultrapassar as lacunas técnicas que tantos pontos nos já custaram. Espero que JJ não se esqueça disso.
O jogo prosseguiu, com os nossos jogadores sempre a fazerem esquecer a inferioridade numérica, e a sua determinação foi recompensada com novo golo à beira do intervalo. LUISÃO subiu ao terceiro andar para fuzilar Diego.
O reatamento traria a mesma toada, Aimar a espalhar magia pelo jogo, Coentrão e Gaitán a fazerem uma parceria diabólica na esquerda. E foi da esquerda, e duma combinação deliciosa destes dois que saiu o golo do mago argentino, aos 57'.
Marcadordor fechado, com a curiosidade de todos os que marcaram neste jogo o haverem igualmente feito no jogo da terceira jornada do último campeonato, em casa com o Vitória de Setúbal. É certo que desta feita a goleada não foi tão expressiva, mas golear jogando quase todo o jogo com menos um e depois de tantas críticas e tanta pressão, não deixa de ser bonito.
O SLB controlou o esforço e fez um bom jogo, ainda para mais nas circunstâncias em que nos vimos, mas ainda se viu a dificuldade em recuperar a bola no meio-campo contrário. Sem ninguém para o fazer - como tão bem o executava, por exemplo, Ramires -, Javi tem de recorrer à falta em zonas proibitivas. Faltas que já nos custaram bem caro.
Acredito que este jogo devolva os índices de confiança a jogadores e adeptos, mas nem todos os problemas estão resolvidos, há muita aresta para limar e a margem de erro acabou.
Continuamos no fio da navalha, mas quem já exultava com a nossa queda pode esperar sentado.
Abraço

1 comentário:

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