O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sangue, suor e glória





Olympique Marseille 1-2 SLB Eu bem sabia que não havíamos de morrer na praia. O veneno que nos serviram em casa retribuímos nós em França com uma exibição esclarecedora. A haver um vencedor só podíamos ser mesmo nós, e, pelo que se passou neste jogo, a escassez da vantagem não reflecte minimamente o nosso ascendente em campo.
Só uma equipa de tremendo nível, abnegação e maturidade poderia ter feito um jogo memorável como o do Vélòdrome. Queriam reviravoltas, queriam espírito de sacrifício e inteligência táctica? Então olhem para este jogo com olhos de ver.
O SLB evidenciou bem ao que vinha desde o início de jogo, e se não ficámos logo a ganhar na primeira parte podemos "agradecê-lo" ao árbitro (2 penáltis gamados) e ao desacerto em frente à baliza adversária. Depois de um domínio de jogo evidente, por pouco não pagávamos caro o azar (bolas nos postes) e a misericórdia que demonstrávamos ao atirar a baliza, pois Lucho por pouco não concretizava a única oportunidade de golo dos marselheses.
Deschamps prometera não jogar para o empate, mas não pôde ou não quis discutir o jogo connosco, talvez por alguma arrogância por tanto desacerto nosso. Ainda assim, o início da segunda parte trouxe uma partida mais equilibrada, mas nunca deixámos de ser os mais perigosos, tanto que quando o Marselha marcou, aos 70', num livre que me deixou dúvidas e em que Júlio César mostrou por que é aposta de risco, estávamos perante uma injustiça monstruosa. A única vez em que o Marselha chegou à nossa baliza, e de bola parada, não perdoou, mas nós vínhamos desperdiçando oportunidades atrás de oportunidades. Devem ter sido mais do que uma dezena, na cara do guarda-redes.
Mas injustiça tão insuportável não podia continuar, e acabámos premiados por alguma felicidade no remate de MAXI (os franceses devem ter pesadelos com ele), que nos deu um empate que tinha ainda sabor a muitíssimo pouco.
A sucessão de falhanços que nos levava ao desespero teimava em continuar (só Cardozo e Di Maria devem ter contabilizado uns cinco cada um), mas eis senão quando, num livre de que dispusemos aos 88', a justiça veio servida num prato bem gelado no Vélòdrome. ALAN KARDEC aproveita uma sobra e, de ângulo muito apertado mete a bola pelo buraco da agulha. Depois de um momento de dúvida, por tantas ocasiões mais flagrantes terem falhado, a justíssima explosão de alegria dos Benfiquistas que coloca a melhor equipa, como provámos sobretudo neste jogo, mas também na Luz, na rota dos quartos de final. Golo 100 (!!!) da época em jogos oficiais!
Exibição europeia como me lembro de poucas, espírito de sacrifício impressionante dos meninos do JJ. Espero que saibamos gerir tanto esforço no jogo de domingo, mas a raça do SLB saberá vencer as adversidades.
Podem atacar-nos com tudo o que quiserem, queixas-crime desesperadas, finais importantes sem tempo de recuperação frente a adversários que têm mais de uma semana de descanso, capas nojentas como a dum jornal mentiroso e pulha como "oJogo", ou Jorges de Sousas. Não cederemos, não nos fazem frente.
Carrega Benfica!
Abraço

2 comentários:

  1. Allez Benfica Allez!!!

    Venha o Liverpool agora...

    Abraço!!!

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  2. Olá, amigo Hugo! Com esses vai ser muito mais difícil do que com o Marselha (calhou-nos a "fava" do sorteio, mas mantenho o que disse: contem connosco!
    Abraço

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