O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Yes, we can!


SLB 2-1 Liverpool Football Club Ganhámos ao Liverpool. Hoje é 1 de Abril, mas não é mentira. Claro que a eliminatória não passou ainda da primeira mão, mas este doce sabor já ninguém nos tira.

Perante uma Luz apinhada, como cada vez mais é regra, o SLB não entrou da melhor forma, e depois de um livre assinalado junto à nossa grande área, por falta de Máxi - que não esteve nos seus dias -, Agger aproveitou um deslize incrível para abrir o marcador. O golo que abriu o jogo, logo aos 9', surgiu na sequência de um belo toque de calcanhar, é certo, mas é indesculpável a forma como a nossa defesa assistiu à jogada dos ingleses.

A partir daí, a equipa cerrou os dentes e, se não anulámos a desvantagem, não foi por falta de oportunidades claras. Por volta da meia hora deu-se aquele que foi, sem dúvida, o momento do jogo: Luisão faz falta sobre Torres e Babbel reage intempestivamente, colocando por duas vezes a mão na sua face. Se fosse em Portugal, decerto que o árbitro fecharia os olhos e mandaria jogar como se nada tivesse acontecido. Mas como o árbitro era sueco, a acção foi punida em conformidade: vermelho directo para o holandês.

Desde esse momento, o domínio de jogo, que já nos pertencia, acentuou-se ainda mais, mas seria curiosamente o Liverpool a introduzir novamente a bola na baliza, num lance prontamente anulado pelo fiscal de linha por fora-de-jogo posicional de Torres - quanto a mim, fora-de-jogo menos evidente do que o de Kuyt no primeiro golo dos reds.

Do nosso lado, Cardozo ia desperdiçando oportunidades atrás de oportunidades, e o nosso ataque sentia-se órfão de um homem chamado Saviola (a nossa Páscoa não tem coelho...). Num dos inúmeros lances de perigo junto às redes contrárias beneficiámos um livre mesmo ao jeito da esquerda do Tacuara. O paraguaio cobrou forte, direito ao poste, e na tentativa de recarga Aimar é rasteirado por Insua. Penálti claro assinalado - já antes havia passado um por mão na bola na área dos ingleses - e CARDOZO a não dar hipóteses a Reina.

Nesta altura já o nosso assédio, empurrado pelo público, era frenético, e os lances de perigo (e os disparates do Di Maria e do Martins) sucediam-se, sabendo o empate já a injustiça. JJ não foi de modas e pôs a carne no assador procurando explorar a táctica defensiva dos reds. Se o nosso jogo foi quase sempre demasiado sôfrego, o dos adversários foi inteligente e frio, e se não sofremos o golo que deitaria por terra as nossas aspirações, foi porque Torres falhou a única chance que os nossos lhe permitiram. Mas tanto querer e tanta garra haviam de ser recompensados, ainda de que maneira insólita: Johnson foi amigo e levou a mão a uma bola inofensiva dentro da sua área. Novo, penálti, nova conversão de CARDOZO, a mitigar uma noite para esquecer em termos de produção deste jogador.

Bom jogo, superioridade da nossa equipa, 99,9% dos adeptos em grande - excepção feita àqueles que quiseram intervir da pior forma -, árbitro que assinalou metade das grandes penalidades que o Liverpool cometeu mas ajuizou bem a expulsão. Afinal também podemos ganhar ao poderoso Liverpool, mas só metade do trabalho está feita. Lembro que o LOSC Lille lhes ganhou na última eliminatória, em casa, e depois foi goleado em Anfield. Por isso todo o cuidado será pouco, e pensar no empate pode ser o primeiro passo para perder: temos de ir lá marcar golos para podermos passar.

Mas a nossa prioridade chama-se Naval, e se nos lembrarmos das dificuldades que nos criou na Luz, no menor tempo de recuperação e na falta de Saviola vemos que não será obstáculo fácil.

Por isso, CARREGA BENFICA!

Abraço

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