Vitória abençoada

SLB 2-0 Sporting CP É ainda cedo para festas mas… GANHÁMOS O DÉRBY! Obrigado Jesus! Está quase quase a loucura na Luz!
Ohhhhh Sport Lisboa… e Benfica… o Campeão! Mostra a tua raça o querer e a ambição… NÓS SÓ QUEREMOS O BENFICA CAMPEÃO! Este Clube orgulha-me e dá-me razões para sorrir e sonhar. Nós adeptos, somos, como sempre fomos, decisivos (no seu afastamento residia uma das grandes pechas do passado recente), mas o seu a seu dono: não víamos uma equipa tão aguerrida, um treinador tão capaz e uma comunhão entre adeptos e entre os adeptos e o seu Clube.
Passando ao jogo propriamente dito, não se pense que foram favas contadas. Aliás, não perdoaria a mim mesmo se não reconhecesse a dignidade e cordialidade dos dirigentes do nosso adversário quando aceitaram adiar o jogo de modo a permitir um tempo aceitável de recuperação física aos nossos jogadores (e muitos houve que sentiram grandes dificuldades mesmo assim). Uma atitude que destoa do clima guerrilheiro do futebol português.
A primeira parte, não sei se pela pressão, se pela quebra física inevitável e implacável por esta altura, se pela disposição táctica do adversário, esteve longe do que tem sido hábito no SLB. Felizmente, David Luiz esteve intratável e chegou para as encomendas nas fases de maior aperto.
Foi uma primeira parte muito disputada, e com alguns lances polémicos (nomeadamente a mão na bola na área contrária) que deixava adivinhar grandes dificuldades para ganharmos o jogo e rompermos o bloqueio num terreno que ia ficando alagado.
Na segunda parte, muito graças à cartada de JJ em que substituiu o inoperante Éder por Pablito Aimar, entrámos finalmente mandões e donos do jogo, e bem se pode dizer que não deixámos o eterno rival pôr o pé em ramo verde. Se antes, muito pela pressão imediata sobre Javi, o nosso jogo não fluía, a entrada do maestro argentino e o recuo de Martins foi jogada decisiva do JJ.
Numa segunda parte recheada de emoção e de futebol, num perfume que bem conhecemos ao longo desta época, só a espaços fomos incomodados sem grande perigo e dispusemos de oportunidades em número e qualidade mais que suficientes para vencer da forma como vencemos.
Esta equipa tem raça de campeã, tem espírito de sofrimento, quer dar alegrias a estes adeptos, e um rosto disso mesmo foi CARDOZO. Quando muitos já pensavam que estava condenado à substituição, pelas enormes dificuldades (43º jogo que faz esta época), talvez movido por um pressentimento feliz, aguentou as dores, mordeu os lábios, e eis que aos 67’ veio a bonança no meio da forte tempestade da Luz. Bola no fundo das redes, 21º golo do líder da tabela dos goleadores.
A partir daí, o vulcão da Luz entrou definitivamente em erupção, e foi sem espanto para ninguém que, cumpridos mais dez minutos, dobrámos a vantagem. PABLO AIMAR concluiu de forma deliciosa uma jogada espectacular (venenoso o toque do Ramires que desmarcou o argentino). O SLB vencia, jogava bem e deslumbrava, como tem sido regra. Até ao final, ainda a reacção do adversário, mas o triunfo não nos escaparia, como não nos escapará, espero, a conquista que mais aguardamos.
Obrigado, meus bravos, mas também obrigado JJ, mais uma vez fizeste a diferença e mostraste porque és tão odiado pelos outros, mas também tão amado pelos Benfiquistas! A consagração está à porta. Já no domingo, todos a Coimbra!
Post scriptum: parabéns Desportivo de Chaves. Que a festa dos Flavienses não fique pelas meias finais…

Abraço