O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Houston, we have a problem

Estava escrito nas estrelas que o Benfica quando rompe com o passado paga uma elevada factura. Quim foi dono e senhor das redes do Benfica durante 6 anos quase ininterruptos e passou de titular campeão a dispensado.

Para o seu lugar foi contratado um jovem guarda-redes espanhol que dava nas vistas no país vizinho, que fora eleito o melhor de la Liga no período (segundo semestre) em que defendeu as redes do Zaragoza. Contratação milionária, surpreendente, que aqueceu o último Verão do Benfica.

Muitos Benfiquistas criticaram veementemente este passo de risco, que gastava demasiado dinheiro em troca de um activo que pouco dizia aos adeptos. E a herança foi talvez demasiado pesada para Roberto, que se encarregou de adensar as suspeitas logo nos primeiros testes da pré-época.

Que a preparação da época não foi a melhor é um facto notório. Mas Roberto tratou de tornar a pré-época ainda mais incaracterística e rapidamente se tornou chacota dos nossos adversários. Os primeiros jogos da temporada foram desastrosos e o guarda-redes não dava a segurança que a equipa precisava como de pão para a boca, Roberto era responsabilizado mas JJ ia fazendo finca pé, até que se rendeu às evidências antes da 3ª jornada.

Roberto foi enfim encostado, até que logo aos vinte minutos Júlio César comete penálti, Roberto salta do banco sem aquecer e o estádio da Luz vem abaixo com a defesa do guardião. Recuperada a confiança, Roberto parecia virar fénix.

Mas como tudo o que não é sustentado por alicerces fundos, a queda de Roberto anunciava-se. Guardou-se para os grandes jogos. Primeiro, na Luz, num dérbi importante para as meias finais da Taça da Liga; depois novamente perante o público que sempre o incentivou no clássico que entregou as faixas; desta vez a assombrar uma noite europeia que corria de feição.

JJ tem um problema em mãos, e da sua resolução depende o nosso futuro. Ele move-se num terreno minado: vai até ao fim pela sua aposta pessoal mas temer pela possibilidade bem real de o seu protegido voltar a comprometer ou dar rodagem ao não menos inexperiente Júlio César já no próximo jogo, na Figueira.

Não será uma decisão fácil, mas este mau momento de Roberto parece abrir o caminho. Em todo o caso, uma coisa é certa: é o seu pescoço e o nosso futuro que está em jogo.

Abraço

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