O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Compro o que é nosso!?

Não vem este título a propósito da célebre campanha a que o SLB aderiu recentemente. Vem, isso sim, por estar em total contradição com o que tem sido a tendência do nosso Clube na abordagem ao mercado.
Não me interessa se são ou não credíveis as notícias com que diariamente nos bombardeiam sobre aquisições de supostos talentos em ascensão nas Américas e que depois acabam por frustrar as expectativas. Há muito passei a fase em que comprava por impulso jornais desportivos, só porque prometiam uma nova cara para o SLB. Hoje a especulação e a mentira banalizaram-se impunemente nesta imprensa e o alvo todos sabemos qual é.
Espero que tais notícias sejam mentira, até porque devemos ser especialmente comedidos na janela de Janeiro e não devíamos precisar de nos acocorar perante empresários e investidores para satisfazermos as necessidades do treinador.
Infelizmente, não tem havido um travão na aposta desmedida em promessas eternamente adiadas e por vezes bem dispendiosas vindas de outras paragens. E se alguns se afirmam sem margem para dúvidas pela sua qualidade e capacidade de trabalho (casos do Luisão, Cardozo, Máxi, Aimar, Saviola, etc., que merecem admiração), muitos mais são os que vêm de passagem ou são um peso morto no plantel.
Esta política errática e irresponsável de descaracterização do SLB tem tido a sua parte nos insucessos regulares em que caímos. É óbvio que o mercado nacional tem oferta escassa, porque os Clubes (e o nosso incluído) já se encarregaram de encher as camadas jovens (até há pouco o santuário do talento nacional) de estrangeiros. Mas em quantos jogadores do plantel revêem os adeptos Benfiquistas expoentes de Mística?
Nada me move quanto aos jogadores estrangeiros, aliás, muito lhes devemos e reconhecê-lo é honrar a nossa História. Mas é perigoso quando os jogadores acabados de chegar do avião largamente superam os que têm um passado vivido no Clube e têm uma noção do seu relevo social.
Foi esta desagregação da alma mater Benfiquista, que era o núcleo de jogadores, portugueses e estrangeiros, de grande qualidade e que respiravam Benfica, que começou por nos atolar nos pântanos da descrença e do insucesso. Comprar jogadores às dúzias todos os anos não é compatível com o sucesso.
Abraço

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