SLB 2-0 Sporting CP A noite foi de Cardozo, mas mais importante do que isso foi o regresso do Glorioso às exibições seguras e à pressão alta.
Acoçada pelas críticas e pelo orgulho ferido, a Águia teve uma entrada de rompante e logo tratou de pôr o adversário em sentido. Óscar Cardozo começou azarado uma jogatana que seria de sonho e levou a bola a beijar o poste de Patrício aos 5'.
O SLB era quem mais mandava, mais atacava, e foi sem surpresa que chegou ao golo, a culminar uma sequência de boas jogadas. Num canto, CARDOZO aproveitou a atrapalhação da defensiva contrária e sorrateiro esticou o pé. Golo do Benfica e a Luz ao rubro. Apesar da reacção do adversário, ao longo da primeira parte monopolizámos as ocasiões de perigo, ora por Cardozo ora por Saviola, tanto que o apito para intervalo deixou um sabor a pouco.
Se bem entrámos no primeiro tempo, melhor o fizemos no segundo. Uma transição diabólica leva a bola ao Saviola, que de pronto endossa para CARDOZO pontapear em arco para o 2-0. Um resultado que espelhava na perfeição o que se passara nos primeiros 50 minutos. Mas o SLB não tirou o pé do acelerador, e numa jogada de envolvimento que merece repetição Coentrão falha uma oportunidade soberana para ampliar a vantagem.
Um desperdício que por pouco não pagámos caro a seguir, porque Amorim comete um erro infantil numa zona perigosa e o mergulhador de serviço por pouco reduzia a diferença no marcador.
Mesmo nos momentos de maior aperto, a equipa nunca se desorientou, mesmo concedendo um período considerável de posse de bola ao adversário nunca deixou que essa posse de bola fosse consequente, e usou uma arma que há algum tempo não víamos na Luz: a pressão alta. Este trabalho abnegado, de correr sem bola, reduziu em muito o espaço e o tempo ao adversário, e forçou-o a errar.
Destaque, neste trabalho, para os nossos pontas-de-lança, em especial para Cardozo, que, espicaçado pelo público, hoje parecia um galgo a correr. E foi este jogador que protagonizou os últimos momentos de grande perigo para a baliza contrária. Primeiro, numa saída precipitada do guarda-redes, fez um chapéu que merecia melhor sorte do que bater por fora nas redes. De seguida, assistido pela esquerda, cabeceou centímetros por cima das redes.
Uma exibição de gala, que mostrou a quem tivesse dúvidas onde tem a cabeça. Vitória incontestável da melhor equipa em campo. Felizmente, os nossos jogadores não perderam a razão nem quando foram admoestados injustamente, em lances em que os adversários procuraram atirar-se para o chão.
Apesar de o árbitro não ter estado à altura do jogo, refira-se que, pelo menos, não teve qualquer interferência na decisão do jogo, como aconteceu em Guimarães. Tendo em conta o que tem acontecido nesta liga, já não foi mau.
Ganhámos o dérbi, mas é proibido baixar a guarda. O ciclo infernal de jogos acabou de começar. Temos de estar à altura.
CARREGA BENFICA!
Abraço
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