Boas festas!

A todos, em especial aos leitores deste blog, um feliz Natal junto dos vossos entes queridos e um 2011 bem melhor do que 2010. Para o ano voltamos a falar. Abraço

Benfica nos oitavos

Eis uma boa notícia em vésperas de Natal. Independentemente do resultado que consiga hoje na Estónia, o nosso basquetebol acabou de carimbar o apuramento para os oitavos-de-final da EuroChallenge.
Trata-se de um feito digno de realce e que muito honra Portugal e a modalidade, que por cá já teve melhores dias e que é muito (injustamente) desvalorizada. Tanto mais importante se torna quando se sabe que deixámos para trás boas equipas de uma zona da Europa onde o basquetebol é modalidade-rainha e muito mais poderosa do que em Portugal.
Os nossos campeões continuam a dar motivos de orgulho.
Abraço

Mais pontas-de-lança não, por favor!

Fala-se hoje que o Benfica pondera vender Cardozo, mediante uma boa proposta. A ser verdade, demonstra que não aprendemos nada com os erros do Verão. É que Cardozo é só o maior goleador da década na Luz, e talvez o melhor jogador do plantel.
Depois do rombo que foi a venda de Ramires e Di María, que deixaram a equipa órfã como está à vista de todos (sobretudo, em minha opinião, o último), trocar mais uma peça chave do plantel por uma promessa argentina equivale a dizer que esta época vai para o galheiro.
Espero que vender jogadores titulares nem passe pela cabeça dos nossos dirigentes. Se a ideia é emagrecer os custos com o plantel, então temos bom remédio, porque não faltam excedentários.

1. Moreira. É um homem da casa, e muito acarinhado pelos Benfiquistas. Mas sejamos frontais: é praticamente impossível que calce esta época, e não creio que nos seus horizontes esteja o regresso a um passado em que tanto prometia. Não precisamos de um terceiro guarda-redes.

2. Luís Filipe. O seu afastamento da equipa é, parece-me, consensual entre os Benfiquistas e nem o próprio terá grandes veleidades de jogar. Continuo sem perceber por que ainda está no Benfica, tanto mais que está a prejudicar a sua carreira.

3. César Peixoto. O mais polémico dos jogadores do Benfica, sem que eu perceba muito bem porquê. Ele sempre elogiou o Benfica e nunca tive conhecimento de alguma situação em que nos faltasse ao respeito e justificasse os assobios que o recebem na Luz. Não acredito na falta de empenho, mas de qualquer forma todo o seu empenho é, em minha opinião, insuficiente para quem não tem qualidade suficiente para o Benfica.

4. Roderick. É um jovem, completamente tapado. Devia ser emprestado para não perder mais tempo.

5. Fábio Faria. O Caxineiro não tem saído do banco e dificilmente o fará no que resta da época. Tendo apenas uma época na primeira liga, convinha que rodasse noutro emblema.

6. Felipe Menezes. Um dos (poucos) flops do ano passado. Não justificou minimamente a aposta e devia ser emprestado, se não quisermos perder o investimento feito.

7. Jara. O senhor 5,5 milhões jogou apenas 182 minutos na Liga, e o seu rendimento é paupérrimo para quem até se portou bem na pré-época. Não creio que valha o que tem mostrado, mas não tem maturidade ainda para jogar ao mais alto nível.

8. Weldon. Salvador em momentos de apuro a última época, conta seis minutos na liga. Já se viu que Jesus não conta com ele.

Não quero com isto passar um atestado de incompetência ou menoridade a estes jogadores, ou menosprezar o seu papel no Benfica. O meu objectivo é só apontar o caminho que a gestão do plantel devia seguir. Um dos problemas do Benfica é o excesso de jogadores remetidos a um papel secundário e esquecido, o que é inadmissível para quem aspira a títulos.
É impossível acertar em todas as contratações, mas a rapidez com que se remedeiam os enganos é um dos segredos para o sucesso.
Abraço

As prendas que (não) queria no sapatinho...

Época de Natal é tempo de paz, convivência e afecto. Mas é também época de paragem do campeonato e os desportivos, já se sabe, acotovelam-se para acertar nas apostas do SLB nas reabertura de mercado.
Infelizmente, como todos sabemos, este Natal não vai ter o sabor bem doce que teve o ano passado, porque a situação da nossa equipa não podia ser mais diferente. O ano passado, tínhamos sido eliminados da Taça, mas íamos lançados para o título, a Luz rejubilava com o virtuoso futebol dos nossos. Este ano, mantemo-nos na luta pela Taça, mas entrámos em falso no campeonato, a equipa não soube responder da melhor forma às armadilhas que nos foram montadas e as exibições não são ainda consistentes.
Por isso, as atenções voltam-se para alguma surpresa no mercado de Janeiro. Não tenho grandes esperanças, confesso. Desde logo porque nesta altura os clubes são mais exigentes e relutantes em vender, sobrevalorizando os jogadores, depois porque as expectativas orçamentais para esta época já foram frustradas, com a eliminação precoce e participação apagada na Champions.
O tempo não está para grandes rasgos, e jogadores como Elias ou Simão são, infelizmente, inacessíveis. Muito dinheiro foi mal gasto esta época, e essa é uma das causas desta temporada frustrante.
Por isso mesmo, devíamos centrar-nos no que é nosso. Apostas em jogadores que evoluam no campeonato português, e que não fiquem com saudades da Argentina quando chegarem a Portugal.
Não gosto de ver equipas do Benfica, como a que defrontou o Rio Ave, só com um português em campo. Nada tenho contra os estrangeiros, mas não gosto.
Neste momento, a nossa principal carência é do lado direito, em minha opinião um jogador que não deixe a equipa desequilibrar-se, como acontece com Gaitán ou Salvio, que têm muita vocação ofensiva e pouco ajudam os laterais.
Nada percebo de futebol, mas há um jogador que a meu ver merecia uma oportunidade no Benfica: Miguel Rosa, que está em grande no Belenenses. Se este rapaz não a merece, então mantermos uma equipa de juniores não passa de uma farsa para inglês ver. Ainda há pouco tempo, LFV prometia que para o ano iam pôr 2 da formação na equipa. Se desta vez é para levar a sério, olhem para o Miguel Rosa.
E se querem um médio com vocação ofensiva, há um português que dá nas vistas na Grécia: Vieirinha.
Espero que não esteja a caminho mais um avião cheio de promessas vindas da América do Sul.
Abraço

Assim não dá

Infelizmente, continuamos a ver passar os comboios. Foi-se Elias, mas há Salvio e Amorim. Foi-se o Simão (para quem tivesse dúvidas, é mais um que virá numa manhã de nevoeiro), vem o Fernandez (?), há o Gaitán. Obviamente, não é a mesma coisa.
O Benfica gastou, em 3 jogadores que não constituem mais-valia no presente (Jara, Gaitán e Faria)16 milhões de euros, só na última abertura de mercado. Provavelmente, chegava e sobrava para trazer Elias para o lado direito, e Simão para o lado esquerdo.
Mas, claro, a SAD está mais ocupada em decretar boicotes patéticos do que em detectar oportunidades. Até pode ser lapso de memória, mas já não me lembro do último achado da SAD encarnada.
Podem-me falar em revoltas de balneário, voracidade da imprensa, mas ninguém me tira que no meio-campo está o grande problema do Benfica. E o que mudou no meio-campo da última época para esta? Pois é, as alas.
Assim torna-se difícil. Qualquer dia ainda decidem deslocar o Estádio da Luz para a Argentina. Se calhar acabava-se a desculpa dos "problemas de adaptação".
Enfim. Colhemos aquilo que semeamos.

Não, eu não sonho com a final...

...da Liga Europa. Mas quero a final da Taça de Portugal. À parte as taças da Liga, que são sempre desvalorizadas quando as ganhamos, temos de nos mentalizar que os nossos objectivos plausíveis são agora vencer a Taça de Portugal e aguentar o barco no campeonato.
A Taça de Portugal (e não, por amor de Deus, a Liga Europa) é agora a nossa prioridade. É melhor que alguém diga isto ao Saviola, porque o moço além de não estar a jogar um caracol (como diz o outro) ainda me vem com declarações patéticas que só nos mergulham no ridículo.
Nada menos que a final da Liga Europa? Mas estamos a gozar? Nós quase só por milagre lá vamos. Se calhar, devíamos fazer como outro clube, que domestica o discurso dos jogadores. Já que não jogam metade do que faziam o ano passado, ao menos saibam falar.
Agora, tudo o que não precisamos é de ruído e de expectativas altas. Em toda a imprensa e na opinião pública já estamos mortos e enterrados. Mas nem tudo está perdido.
Domingo permitirá saber se esta época foi afinal um cataclismo de proporções bíblicas ou se ainda nos pode trazer alguma coisa que se veja. É bom que Jesus diga isto aos jogadores.
Abraço

Estou saturado

Não vou ser mais um assobiar para o ar. Chega de falinhas mansas, chega de paninhos quentes, chega de apelos à união, chega de palmadinhas nas costas, chega de pedidos de desculpa. CHEGA! Tenham ao menos respeito por quem sofre pela equipa mas não tem as regalias nem o chorudo ordenado de "homem da SAD".
E não me venham com a tanga, salvo o devido respeito, de que sou um Benfiquista de vitórias. Sou Benfiquista na vitória e na derrota, agora não suporto incompetência, laxismo, andarem a brincar com a minha cara.
Algo se passa que vai para além da saída não colmatada de grandes jogadores, para além do delírio cada vez mais atolambado de JJ, para além da degradação do rendimento dos jogadores, que estão irreconhecíveis.
Esta época ainda não está perdida, mas está quase. O apoio à equipa é fundamental. Mas alguém deve uma explicação aos sócios, e esse alguém cala-se bem caladinho nas derrotas. Provavelmente foi ao Brasil tratar de assuntos pessoais.

Olhem para a formação

Em vez de discutir Jucileis e Elias, seria bem mais útil olharmos para o que é nosso. Oliveira tem confirmado no Paços que pode vir a ser um caso sério num futuro não muito distante, e na equipa de juniores há um jovem que me enche as medidas e que seria um crime não aproveitar: Rúben Pinto.
Não é fácil lançar na equipa principal um jovem da formação, é preciso muita coragem por parte do treinador e do próprio jogador, mas, a avaliar pela qualidade dos jogadores que foram recrutados esta época, em geral, pergunto-me se não seria melhor começar a preparar o futuro.
Nuno Gomes não dura sempre e vai sair esta época, Coentrão provavelmente não poderá ser aguentado muito mais tempo pela direcção e partirá para outros voos, e o que resta é um contingente enorme de argentinos e brasileiros.
Com o anunciado decréscimo de receitas, apostar no que temos de bom é jogar pelo seguro.
Abraço

A cara da incompetência

Factos são factos. Quem comete erros tem de pagar por eles. Vamos a factos.

1. Promessa de que só sairia um jogador por menos do que a cláusula de rescisão. Facto: saíram três jogadores da equipa titular. Nenhum deles saiu pela cláusula de rescisão, Quim foi dispensado num programa televisivo, Di Maria foi-se embora por 25 milhões (dos quais recebemos 70%) e Ramires por 20 milhões (dos quais recebemos 50%). Mais uma vez demonstrou ser homem de palavra.

Di Maria era para ser substituído por Gaitan (que custou mais de 8 milhões de euros), Ramires era para ter substituto dois dias depois da saída mas foi preciso esperar duas semanas para que fosse anunciado Salvio (jogador medíocre, cujo empréstimo por um ano nos custou 2 milhões de euros), o fantasma de Quim ainda assombra a nossa baliza (e pensar que Roberto nos ficou por uns módicos 9 milhões...).

2. Promessa de que a partir do último título nada seria como dantes. Aqui, de facto, acertou: época mal preparada, pré-época com sobrecarga inaudita de jogos, Supertaça perdida, entrada desastrosa no campeonato, uma série de ameaças avulsas e desconexas após o gamanço no jogo da 4ª jornada que estão por cumprir, título perdido à entrada de Novembro.

É difícil encontrar um ponto de semelhança entre esta época e a anterior, nem os jogadores que permaneceram parecem os mesmos: soturnos, desmotivados, revoltados (?), abúlicos.

3. Promessa da aposta no "projecto desportivo". Bem, se o projecto desportivo é perder alvos prioritários, como eram Hleb ou Elias, para nem falar do que não vieram a lume e que motivaram um desabafo de JJ, então estamos conversados. É que a SAD já nem é "primária" nisto: já se tinha perdido Álvaro Pereira ou Falcao, que agora são imprescindíveis noutro clube, e nem recuo mais no tempo.

Sinceramente tenho dificuldade em perceber esta obsessão pelo futebol sul-americano, como se não houvesse bons jogadores em Portugal (já nem digo na nossa formação, porque essa é para outros clubes aproveitarem, porque os jogadores da formação não rendem milhões a empresários), mas se é para apostar nesse mercado, então que se seja competente.

Pagar 5,5 milhões por Jaras, 6 milhões por Rodrigos, mais não sei quanto por Alípios, mais 9 milhões por Robertos, mais 2 milhões por Salvios, mais 8,5 milhões por Gaitáns, só para falar nesta época (mais de 30 milhões), enquanto se "regala" Elias ao Atlético Madrid (que bela parceria com este clube), é mais do que delapidar património do Clube: é chamar-nos parvos a todos.

Assim, não há época que aguente estas vieirices.

Abraço