
Naval 1º de Maio 2-4 SLB Como diriam nuestros hermanos, o que se viu hoje na Figueira foi uma autêntica remontada, que nos valeu a vitória e a manutenção da distância da nossa liderança. Assim de lembrança só me ocorre coisa parecida na época de 2003-04, em que no Bonfim virámos um 2-0 para um ainda mais espectacular 2-6.
Mas se houve reviravolta, primeiro tivemos de sofrer. E muito. O início de jogo deixou os cabelos em pé ao mais fleumático adepto do SLB, e deixou certamente os rivais a esfregar as mãos por um previsível tropeção nosso. Tropeção é, aliás, um bom título para o nosso primeiro quarto de hora: equipa completamente perdida, a perder logo aos 2', por falha conjunta entre David Luiz e Coentrão. Que forma mais trapalhona de começar uma partida crucial para as nossas contas!
E o desconsolo agravou-se dez minutos depois, os jogadores perfeitamente desconcentrados - aparentemente medrosos, até - a verem passar o comboio, desta vez pelo lado direito da nossa defesa. Recordava-me já do pesadelo vivido na Trofa o ano passado, e de quão perto estávamos do precipício, quando damos finalmente sinal de nós: Cardozo remata potente, na sequência de um ressalto feliz WELDON reanima a equipa com cabeceamento em cima da linha. Finalmente festa para a multidão que tomou de "assalto" o Bento Pessoa.
Ainda estávamos eu a sentar-me novamente já mais descansado quando o mesmo WELDON deu a melhor sequência a um dos inúmeros cantos que conquistámos e fez o empate. Como em 2 minutos subimos do inferno ao Céu!
A partir daí foi como se o jogo tivesse um novo começo, mas não deixámos de ser acossados pela atrevida Naval. Aliás, foi no contra-ataque após novo lance de muito perigo junto de Quim que DI MARIA, lançado de forma brilhante por David Luiz, se isolou perante o grande Peiser e colocou-nos na frente do marcador, por volta da meia hora de jogo. Pelo meio, um lance para grande penalidade na área navalista, por jogo da bola com a mão por um dos centrais adversários. A primeira parte não terminaria sem mais um lance muito mal ajuizado que nos prejudicou. Elmano, o artista, assinalou uma falta fantasiosa de Máxi - desta é que não houve mesmo mão - e aproveitou para o excluir do dérbi. Nada a que não estejamos mais do que habituados.
Se a primeira parte foi jogada a um ritmo louco, de total descontrolo, quase de parada e resposta, a segunda parte foi bem mais tranquila. Mas isso não significa que tenhamos desacelerado: as oportunidades sucederam-se e foi com naturalidade que CARDOZO apontou o golo da nossa tranquilidade pouco tempo depois do reatar, em recarga a uma defesa incompleta de Peiser. Poderíamos até ter alargado mais a vantagem, não fosse o livre cobrado por Martins ter ido embater com grande estrondo na trave da baliza - tenho ainda dúvidas se a bola não chegou a transpor a linha de golo. Golo que, embora premiasse a nossa produção ofensiva, viria já ser demasiado penalizador para uma equipa que nunca se entregou e que estava super-motivada.
JJ acabaria por rodar a equipa mas nunca perdeu de vista a sua prioridade nem menorizou este jogo face ao de Anfield, caso contrário não teria feito entrar Ramires, que ainda sofreu falta violenta. Depois do que vimos neste jogo, e do que mostrámos ser capazes, esperamos tudo de Inglaterra. Não podemos voltar a ser displicentes nem desconcentrados, esta entrada em campo caso acontecesse em Inglaterra seria a "morte do artista". Por isso, cabecinha, pois este jogo é decisivo e não nos espera uma equipa qualquer.
Não há como baixar a guarda, o cansaço terá de ser suplantado com a garra dos heróis:
CARREGA BENFICA!
Abraço
Abraço
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