O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Agora e sempre

É este o maior tesouro do Benfica

(imagem captada num estádio francês)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Basta de ódio

Da mesma forma como condenei o ataque à comitiva encarnada que viajava de Paços de Ferreira, repudio o apedrejamento de ontem à casa do FC Porto em Coimbra. Não quero saber se os delinquentes em qualquer dos casos são deste ou daquele clube. Ninguém é dono da verdade, ninguém tem superioridade sobre outro, há é responsáveis por violência e vítimas dela.
Não importa se é uma agressão destinada a magoar ou se é um acto de intimidação e vandalismo, o mal que está subjacente é o mesmo.
Por isso, aplaudo o comunicado de ontem do Benfica. Não foi seguramente ele a razão desse apedrejamento, porque justamente condena a violência e aponta o caminho certo, do apaziguamento dos ânimos. O clássico de 3 de Abril é (apenas) um jogo de futebol, mas há muito quem, de ambos os lados, se parece ter esquecido disso.
Violência gera violência, o ódio alimenta-se dele mesmo. Nunca há desculpa para o crime, mesmo quando nos sentimos atingidos por ele. Tal como há uns meses, na véspera do Porto-Benfica, denunciei ataques a algumas casas do Benfica no norte do país, não posso aceitar que um jogo comece manchado pela intolerância e pela irracionalidade.
Por pior que nos tenham recebido nos últimos clássicos, espero que não haja qualquer retaliação.
Abraço

terça-feira, 22 de março de 2011

Segue a vergonha no hóquei em patins

Num jogo decisivo para apurar o campeão, o nosso rival na luta pelo título acaba de dar mais uma facada na modalidade. Numa das deslocações teoricamente mais complicadas, em que só a vitória deles nos impedia de passar para a frente do campeonato, mais uma vez factores externos os levaram ao colo e nos mataram de vez qualquer veleidade.
O hóquei está, de há muitos anos, à beira da morte, mas esta noite os do costume encarregaram-se de lhe dar mais uma facada. A perder por 3-1 a cinquenta segundos do fim, numa modalidade onde não é certamente fácil marcar um golo, fizeram a "obra" de marcar 3 golos e vencer por 3-4. Três remates à baliza, três golos, com muita passividade do adversário à mistura e com a "mãozinha" habitual.
Nem se preocupam em esconder, em disfarçar. De nada vale reforçarmo-nos, contratarmos os melhores jogadores a nível nacional. Isto é uma vergonha, mas é mais provável o Benfica ganhar uma competição europeia do que o campeonato de hóquei.
Mas enfim. Siga a banda. Para mais um ano onde nos vão remeter ao papel de bombos da festa.
Abraço

Um humilde adeus a uma grande figura


Presidente e autocarro do Benfica emboscados!

"A comitiva do Benfica foi atacada no regresso de Paços de Ferreira. O carro onde seguia o presidente Luís Filipe Vieira foi mesmo atingido em cheio por um saco de pedras lançado de cima de um viaduto.
Segundo foi possível apurar, o líder do clube da Luz terá mesmo recebido assistência no local, apresentando ferimentos ligeiros. Pior ficou o carro onde seguia, com o capot bem amolgado e o vidro partido".

Fonte: abola.pt

Este acto bárbaro está muito longe de ser um acto isolado. Infelizmente, o óbvio está à vista de todos. A impunidade da violência que continuamente tem sido praticada sobre responsáveis e jogadores do Benfica continua a fazer vítimas.
Não acredito em coincidências, muito menos quando o ataque ocorreu nas vésperas de um importante clássico e logo no único viaduto que não tinha sido vigiado pela polícia.
Enquanto não forem tomadas medidas, enquanto continuarem a fechar os olhos à violência e à incitação à violência com que assiduamente somos confrontados, nada mudará.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Futebol de alto calibre na Mata Real


Futebol Clube Paços de Ferreira 1-5 SLB O Benfica encheu o saco na visita à equipa sensação do campeonato, conseguindo um resultado e uma exibição que galvanizam a equipa e os adeptos para os desafios que se aproximam.
Mas atenção: o resultado pode ser enganador, pois o Paços fez muito mais do que a leitura do placard indicia. Foi um Benfica demolidor numa certa parte do jogo e matreiro nos momentos certos, e só isso permitiu estes números.
O jogo começou com um Benfica a jogar a alto nível, praticamente sem deixar o adversário respirar, e logo aos 4' o resultado começou a reflecti-lo. Na sequência de um canto, um central do Paços comete penálti de forma infantil e CARDOZO aproveita para inaugurar o marcador. A entrada prometia e apenas 8 minutos após AIMAR deu a melhor resposta a solicitação do colega Saviola.
O Benfica praticava um futebol resplandecente, jogadas de envolvência, ritmo elevado, ocasiões em catadupa. A primeira meia hora pertenceu-nos e GAITÁN sublinhou o momento com um golo do outro mundo, um remate colocado que bate no poste e entra direito na baliza, aos 26'. O jogo parecia resolvido, mas um momento infeliz de Carole - que, malgrado, rubricou exibição globalmente positiva para quem não tem rotinas - deu azo à reacção pacense. Um autogolo que lançou o Paços para um último quarto de hora excelente, apenas traído por expulsão tão clara quanto escusada.
Ao intervalo nem parecia que apenas tinham decorrido 45 minutos. A segunda parte foi menos intensa, e até com algum ascendente dos castores, cujos arrufos terminavam invariavelmente nas luvas de Roberto. Já perto do final, quando sentiu o desgaste físico do oponente, JJ jogou o "joker" Nuno Gomes e saiu altamente recompensado.
O eterno 21 fez o gosto ao pé por duas vezes e levou ao êxtase a multidão Benfiquista que mais uma vez acompanhou a turma da Luz. Cada golo do capitão pode ser o último, mas o goleador mais produtivo da Liga tem feito questão de adiar o adeus aos festejos. Assim continue.
Este jogo, a exibição que, mesmo poupando alguns elementos, fizemos na primeira parte mostra que vale a pena lutar, vale a pena acreditar. Os nossos adeptos merecem bem mais do que o lugar que nos parece destinado nesta liga.
Abraço

domingo, 13 de março de 2011

Perdido por cem, perdido por mil?

SLB 1-1 Portimonense Sporting Clube Não vou comentar o nosso jogo, que foi pobre, mas ninguém estava à espera de outra coisa quando viu a ficha de jogo e o nosso onze inicial. No fundo, este jogo foi a prova da fragilidade do nosso banco, e espero que tenha chamado a atenção por um lado para os resultados que a ausência de gestão do plantel produz (se não me engano entraram hoje de início três jogadores sem qualquer minuto na época) e por outro para a falta de qualidade gritante das segundas linhas.
Não vou apontar culpas aos jogadores que hoje estiveram em campo, porque se esforçaram e não são os responsáveis pelas suas contratações, mas há algo muito errado quando vários jogadores que estão no plantel fazem os primeiros minutos no último terço da época.
Para JJ, há mais de uma semana que o campeonato terminou e que as fichas estão todas apostadas na competição europeia e nas taças, mas espero que se tirem ilações deste jogo para futuro e para que não haja mais ninguém no plantel para fazer número. Se não contam para o técnico, então não estão a fazer nada no Benfica (a não ser que nos queiram tornar a Santa Casa dos jogadores).
Enfim, espero que os que foram poupados se apresentem frescos em Paris.
Abraço

Olha quem é o incendiário


Com esta e muitas outras declarações incendiárias que vêm sendo branqueadas pelos media ou suavizadas com o eufemismo da ironia que de ironia não tem nada.
A minha solidariedade para com Gomes da Silva, que é só a mais recente vítima da intolerância e do ódio acicatados pelos jagunços da clubite anti-Benfica.
A nossa resposta não tardará, mas será dada dentro de campo, pelos nossos jogadores.
Abraço

sexta-feira, 11 de março de 2011

Banco faz falta

O colapso físico dos nossos jogadores nem devia ser tema de conversa em inícios de Março. Mas é-o, e o que já se vinha a desenhar nos últimos dias assumiu ontem contornos realmente graves, com vários jogadores a não responderem fisicamente às exigências do jogo e uma equipa partida e impotente.
É certo que temos feito uma época muito desgastante, quer a nível físico, quer mental, porque o modelo de jogo do nosso treinador exige o máximo dos jogadores, porque estamos em várias frentes que se alternam em mais de um jogo por semana, ou porque desde Agosto em cada jogo se decide as nossas aspirações nas várias provas.
Mas há um factor que realmente exponencia este caldo explosivo: a ausência de rotatividade na equipa. Tão importantes como os que jogam de início são os que ficam no banco de suplentes, e embora JJ já tenha resolvido alguns problemas a partir das substituições, o pequeno círculo de jogadores que podem substituir os titulares habituais não é suficiente para que a disponibilidade física seja boa já nesta altura.
É por demais evidente que jogadores como Aimar, Gaitán e Salvio estão presos por arames e dificilmente voltarão a brilhar como há um mês atrás, enquanto outros como Fábio Coentrão, Javi Garcia, Cardozo e Saviola estão demasiado espremidos, o que tem afectado o seu rendimento nos últimos tempos.
Tudo isto seria evitado se a gestão da equipa tivesse poupado aqueles que denotavam maiores sinais de cansaço. Mas esta gestão não tem sido feita, se calhar porque, apesar do investimento passado, não dispomos de um plantel tão homogéneo assim. Em certas posições (médio-ala e defesa lateral) não há pura e simplesmente quem possa substituir os titulares e muito menos ser opção para os 90 minutos, enquanto outras (n.º 10, médio defensivo, ponta-de-lança) são asseguradas com algum déficit de competência em relação aos titulares.
Não há milagres: não é com 14/15 jogadores que se ataca uma época com mais de 40 finais. Enquanto tivermos jogadores no plantel só para fazer número, isto vai continuar a acontecer. As recentes apostas em jogadores que são uma incógnita em alta competição (Wass e Carole, e outros) não me deixam descansado. A contratação de jogadores com o patamar qualitativo de Aimares ou Cardozos tem sido excepção e não regra.
Abraço

quinta-feira, 10 de março de 2011

Entrada masoquista foi salva a tempo


SLB 2-1 Paris Saint-Germain Footbal Club Uma vez mais, o Benfica falhou a entrada em jogo no estádio da Luz e arriscou-se a pagar bem cara a desconcentração inicial. Dá mesmo vontade de questionar se alguém se deu ao trabalho de estudar as equipas que nos visitam em competições europeias. Pior do que isso, a primeira parte do Benfica foi de deixar os cabelos em pé, descoordenação defensiva total, nervosismo, jogadores desposicionados que não sabiam bem o que faziam no campo, novos erros em bolas paradas que por sorte não deram golo.
Sorte que não durou sempre, porque às primeiras ameaças sucedeu-se o golo dos parisienses. Golo que não surpreendeu ninguém e que foi o corolário de mais um chorrilho de disparates defensivos, em que o adversário fez o que quis em frente à baliza enquanto os nossos jogadores cortavam a bola com os olhos.
Decepção na Luz, a que se seguiu, por volta da meia hora de jogo, a reacção encarnada. Os primeiros sinais de vida do Benfica surgiram pelo pé de Cardozo, exímio a cobrar livres, mas que teve réplica de Apoula. Pouco depois, a Luz agitou-se com uma ilusão de golo, devido a um ressalto que por pouco não desviava a bola para a baliza gaulesa.
Aos 41', o golo que já começávamos a merecer. Carlos Martins faz um passe em grande estilo e MÁXI apontou para a gaveta da baliza. Um tento merecidíssimo daquele que foi só o melhor em campo. Que raça, que coração!
A segunda parte veio em ritmo morno, destoando da vertigem que os últimos minutos da primeira parte trouxeram ao público da Luz. O Benfica, muito desgastado (alguém viu Gaitán e Salvio?), precisava de gente fresca para soltar o seu futebol.
E JJ sacou um coelho da cartola, de seu nome Pablo Aimar, que ao primeiro toque na bola originou mais um lance de claro prejuízo para o Benfica, se não bastasse o que temos vivido nas competições domésticas. O árbitro quis ser vedeta e fez vista grossa a um lance que não pode deixar dúvidas: Saviola foi carregado dentro da área, penálti por marcar.
O Benfica sentiu o toque, mas cerrou os dentes e continuou a pressionar e a empurrar o adversário, que já pouco incomodava, ainda mais para a sua baliza. E aos 81', eis que enfim se escreveu direito por linhas travessas: JARA pega na bola à entrada da área e coloca-a fora do alcance de Apoula. Belo golo do argentino, que voltou a justificar cada segundo de jogo. Um jogador à Benfica, que nunca dá um lance por perdido.
O Benfica salvou a face, diante dos seus adeptos, e aguarda-o um Campo dos Príncipes que certamente terá forte presença lusa. Um palco onde temos de vencer.
Abraço

segunda-feira, 7 de março de 2011

Frente ao PSG...

...é assim que eu quero ver a luz:

Aconteça o que acontecer...

...SOU DO BENFICA ATÉ MORRER! Depois do escândalo das arbitragens no início de época, que tiveram como único objectivo atrasar definitivamente o Benfica e impedi-lo de renovar o título de campeão, ontem tivemos a demonstração, se dúvidas houvesse, de que mesmo a oito pontos continuamos a incomodar muita gente. Aqueles que não escondem o ódio por nós, aqueles que mal disfarçam a inveja das nossas exibições, do nosso futebol, da nossa força popular.
Não é meu costume focar-me nas arbitragens, mas os acontecimentos de ontem foram demasiado graves para continuar a assobiar para o lado como se nada se passasse. Quem cala perante a vergonha, consente-a.
A isto juntou-se a constante provocação e intimidação, as agressões aos nossos adeptos quando festejavam o golo de Saviola, as agressões cobardes aos nossos jogadores através de bolas de golfe, isqueiros, tudo o que viesse à mão, imitando o clima de guerrilha que se vive num outro estádio, quando o visitamos.
O que mais é preciso para interditarem estádios. É preciso que haja mortes? Não deve estar muito longínquo o dia em que alguém se lembre de levar uma pistola para o estádio e mate, em pleno jogo, um jogador do Benfica.
Dito isto, importa agora que o Benfica não responda à letra a quem tenta a todo o custo impedir-nos de ganhar. Chega de provocação, chega deste clima inflamado e irrespirável do futebol português. De nada vale agora chorar sobre leite derramado. As palavras de LFV foram apenas um placebo que nada resolve.
Ninguém nos mandou dar o beneplácito quem se apoderou da liga de clubes, e se prepara agora para tomar de assalto a federação. Enquanto continuarmos a jogar apenas nas quatro linhas, continuaremos a ser o cordeiro dado em sacrifício às turbas.
Abraço