O Cantinho do André

Recordação do maior amigo que tive, que foi também o maior Benfiquista que conheci. Apesar da Tua morte tão prematura, que levou um jovem, mas sobretudo um Grande Homem, a Tua vida permanecerá para sempre como uma dádiva para quem teve a sorte de Te conhecer. Agora onde os justos descansam, e livre da doença que Te tolheu o corpo mas não o espírito, eu sei que ainda vives connosco. Obrigado, e desculpa, André.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eu comprei. E você???

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Juntos na vitória e na derrota, no Céu ou no inferno

De nada vale, agora, crucificar o técnico porque foi infeliz antes e durante o jogo, os jogadores porque estiveram longe do que sabem e podem, a direcção porque fala demais e age de menos, ou porque a melhor aquisição desta época foi, afinal, o patinho feio de inicio de época.
Não falta quem procure calcar a ferida, desdenhar da equipa e ridicularizar o nosso Clube. Nunca faltou, muito menos quando esses abutres sentem a Águia ferida. Não serei eu a atirar a primeira pedra. Houve erros, e acredito que serão corrigidos.
Nem o ano passado os nossos eram os melhores do mundo nem agora passaram a ser os piores. Mas de uma coisa não se duvide: muita coisa tem de mudar para mantermos intactas as nossas aspirações. Muita coisa mesmo, e perdemos tempo precioso. Portimão está ao virar da esquina.
Abraço

domingo, 17 de outubro de 2010

Curtas sobre o momento actual

1. Modalidades Da amostra existente confirma-se que temos planteis competitivos e homogeneos nas modalidades de pavilhao. O atletismo foi bem reforçado, so o rugby tem claudicado nos jogos do campeonato. Uma nota para a perda de ecletismo, pois infelizmente no ano passado extinguiu-se o judo masculino e este ano houve sangria total na nossa nataçao. Pontos negativos na direcção das modalidades.

2. Direcção Sobre a trapalhada do boicote aos jogos fora, e´ difícil falar, porque me e´ difícil entender todo este imbróglio e estas incoerências. Fomos obviamente prejudicados nos primeiros jogos (não em Guimarães), mas continuo sem entender o sentido de uma reacção que teve mais ruído e espalhafato do que efeitos concretos. Falou-se demais, esquecendo que no SLB o protagonismo deve pertencer apenas e tão aos nossos atletas. Alem disso, se o apelo publico aos Benfiquistas para não comparecerem aos jogos extramuros e´ uma forma de combater o alinhamento de inúmeros clubes com os rivais, então e´ a mais estúpida de todas.

3. Futebol O jogo com o Arouca não permitiu grandes conclusões sobre a evolução da equipa. O inicio de jogo foi, ate, assustador pela apatia e numero de passes falhados. JJ fez bem em apenas poupar jogadores extenuados e dar rodagem a quem teve descanso. Sobre a titularidade de Júlio César, não me causa espécie, pois reconheço-lhe qualidades e e´ sempre melhor ter um guarda-redes preparado para uma eventual lesão do titular.
Continuo a achar que a nossa principal pecha esta´ no meio-campo. Gaitan da´ ares da sua graça, mas Salvio tem sido uma nulidade. Não me parece que um meio-campo com Javi, Aimar, Martins e Gaitan nos garanta segurança defensiva para enfrentar equipas da estirpe do Lyon. Por outro lado, ninguém do nosso plantel encaixa na posição de médio esquerdo, e não se avista que nesta posição residam as prioridades de reforço da equipa.
Abraço

domingo, 10 de outubro de 2010

Eis uma promessa do Benfica

«Nélson Oliveira é apontado como o goleador do futuro

10/10/2010

Manuel Fernandes elogia o avançado emprestado pelo Benfica ao Paços de Ferreira, mas avisa que tem muito para trabalhar.

O açoriano Pedro Pauleta foi o último grande goleador português mas, curiosamente, nunca jogou no campeonato nacional, tendo, porém, conseguido ser o melhor marcador de sempre da selecção com 47 golos. A crise para este posto específico parece, à partida, ser enorme até porque não há neste momento um talento emergente com a força de um Cristiano Ronaldo ou Nani, por exemplo, para o posto específico de ponta-de-lança.

Rui Águas opta neste campo por jogar à defesa, admitindo que há alguns jovens que podem vir a dar cartas, mas opta por não destacar qualquer nome. No entanto, Manuel Fernandes não esconde o entusiasmo com "um miúdo que poderá ser um bom ponta-de-lança": Nélson Oliveira, que aos 19 anos leva dois golos pelo Paços de Ferreira, clube que irá representar até final da época por empréstimo do Benfica. Ainda assim, considera que "ainda tem muito para aprender e tem de levar muita 'pancada' para crescer". De qualquer forma reconhece-lhe qualidades inatas para o lugar.

Questionado sobre este jogador da formação do Benfica, Rui Águas admite que se trata de um atleta de futuro, mas avisa que ainda é "um produto inacabado", acrescentando que se trata de alguém com "potencial técnico, físico e rapidez", mas frisa que "tem de ser bem trabalhado" para atingir o topo.

Rui Águas lamenta que o surgimento de pontas-de-lança seja algo "casuístico", revelando que nas camadas jovens é habitual colocar naquela posição "o miúdo que mais alto e com menos jeito", destacando que "falta um trabalho específico que privilegie as movimentações, o toque final, o remate, entre muitas outras coisas". Manuel Fernandes concorda e lembra que no seu tempo não teve ninguém que o ensinasse a ser ponta-de-lança. "Foi algo que nasceu comigo e que, com o tempo, fui aperfeiçoando. Hoje em dia os treinadores estão mais preocupados com os aspectos tácticos, descurando o aperfeiçoamento dos pontas-de-lança, por isso aparecem miúdos que não sabem fazer um drible, nem fugir à marcação", referiu o melhor marcador do campeonato nacional da época de 1985/86.»

Fonte: dn.sapo.pt

Bem sei que o rapaz não tem sotaque nem rendeu milhões a empresários, mas espero que acreditem nele e lhe dêem oportunidades quando as justificar. Quero confiar que não se trata de mais um Sílvio ou um João Pereira, que ficaram pelo caminho e foram aproveitados por outros. A crise está à vista e ninguém sai ileso. Não desperdiçar o património da nossa formação é cada vez mais importante.
Ao menos, tem jogado no Paços, sob o comando do bem conhecido Rui Vitória (treinou os nossos juniores e tem um percurso interessante). Mais do que de sorte, a sua evolução vai depender da competição e da qualidade do trabalho que desenvolver.

Abraço

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Campeões seguem em frente


«Ferro-ZNTU - SL Benfica, 72-77
Qualificação brilhante para a Eurochallenge

A equipa de Henrique Vieira garantiu esta quarta-feira o acesso à edição 2010/2011 da Eurochallenge, ao obter um triunfo brilhante no recinto dos ucranianos do BC Ferro-ZNTU.

Depois do empate em casa a 105 pontos, o Benfica estava obrigado a vencer o segundo jogo da pré-eliminatória da Eurochallenge.

Tal como se esperava, o jogo entre as duas equipas voltou a ser muito equilibrado. Perante o seu público, o Ferro-ZNTU foi para o intervalo a vencer apenas por um ponto (39-38).

Tudo mudou após o descanso. Os “encarnados” estiveram em grande plano e conseguiram ganhar uma vantagem de sete pontos no marcador (55-62).

Num encontro extremamente emocionante, o Benfica manteve-se na liderança do marcador no quarto e último período, triunfando por 72-77.

Uma das figuras do Benfica foi o norte-americano Greg Jenkins. O poste foi o melhor marcador da equipa com 20 pontos, tendo conseguido ainda quatro ressaltos. Com 15 pontos cada um, Sérgio Ramos e Ben Reed também estiveram em particular evidência no triunfo brilhante dos “encarnados”.

O Benfica conseguiu, assim, um grande feito para a modalidade, ao garantir um lugar na fase de grupos da Eurochallenge desta temporada».


Fonte: slbenfica.pt

Apesar das dúvidas que se começavam a instalar, sobretudo após o desaire caseiro frente ao Lusitânia e eliminação do troféu António Pratas, a verdade é que a bitola a que estes jogadores nos habituaram dificilmente poderia resistir a algumas ausências-chave e às agruras de início de época e da sobrecarga de jogos. Independentemente de algumas prestações menos boas, este grupo merece no mínimo um apoio entusiasta. Parabéns por este feito que nos levará de volta à companhia de grandes equipas europeias.
Abraço

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Em dia de efeméride...

«Cem anos de República: Benfica, ser grande pela mão de Cosme Damião
Um clube em sentido contrário à monarquia

Nas traseiras da Farmácia Franco, em Belém, nasce o Sport Lisboa a 28 de Fevereiro de 1904. A alma de 24 amigos devotos à causa está na génese do clube que, quatro anos depois, se funde com o Sport Club de Benfica. O criador Cosme Damião segue a sugestão de Felix Bermudes e compõe a designação que resiste até aos nossos dias: Sport Lisboa e Benfica.
A capital vive dias de grande instabilidade política e social. As sequelas do regicídio de 1908 são dramáticas e o grupo de jovens fundadores do Benfica contorna as perseguições políticas com a dedicação total ao emblema.
No ano da revolução republicana, o Benfica já tem casa própria. Fica na Quinta da Feiteira - junto à Estrada de Benfica - e o campo de futebol recebe o nome da herdade. Até 1912 é ali que a equipa se organiza e realiza alguns dos principais jogos do início do século XX.
As águias conquistam em 1910 o primeiro campeonato de Lisboa, ao interromperem um ciclo impressionante do Carcavelos, que vencera as três edições anteriores. A desistência de uns e a fragilidade de outros conduz o Benfica a uma conquista muito especial nestes primeiros anos de vida.
Monarquia vs. Benfica: destinos contrários
Os meses anteriores ao fim da Monarquia implantam o Benfica como uma potência do desporto nacional. As águias sobrevoam a curiosidade do adepto novel e comum, arrecadam simpatia e batem o primeiro recorde de assistência num jogo de futebol.
No dia 23 de Janeiro, oito mil almas assistem em inusitada euforia, no Campo da Feiteira, ao escanzelado triunfo benfiquista sobre o Carcavelos Club, rival imponente e temerário; a 1 de Fevereiro, surge a sede na Rua Direita de Benfica e, a 22 do mesmo mês, Alfredo Luís da Silva é eleito presidente.
A Monarquia pressente o estertor da morte, o Benfica segue em direcção radicalmente contrária. 1910 é um período de extrema vitalidade e pujança, não só no futebol. A filosofia ecléctica do emblema encontra eco na vitória de Alberto Albuquerque numa prova de ciclismo em Lisboa.
No Verão do mesmo ano, há registo de outro marco histórico: o Sport União Belenense perde para o Benfica por 2-1 no troféu dos «Jogos Olímpicos Nacionais». A peleja tem lugar a 19 de Junho.
O orgulho benfiquista mostra-se à mesa
O orgulho do ser benfiquista borbulha no dia 31 de Julho de 1910. Pela primeira vez num acto público, a direcção expõe os troféus alcançados. A efeméride ocorre à mesa, num almoço de confraternização em homenagem à conquista - semanas antes - dos três campeonatos regionais de Lisboa: de primeira, segunda e terceira categorias.
Poucos dias depois sabe-se que quatro atletas do Benfica vão integrar a Selecção de Lisboa num périplo por Espanha. Em Setembro, o clube junta-se ao CIF e ao Império na fundação da Associação de Futebol de Lisboa.
A letargia repugna os corpos sociais do Benfica. Organizam-se jogos amigáveis e oficiais na zona de Lisboa, combinam-se visitas ao Porto, estabelecem-se contactos e protocolos com as mais altas instituições do país. Numa dessas conversas, já em finais de 1910, fica apalavrado o primeiro F.C. Porto-Benfica, que terá lugar a 5 de Março de 1911.
Derby: um século de polémicas
O derby Benfica-Sporting habitua-se a ser especial desde o primeiro dia. É, por exemplo, o primeiro jogo de futebol a exigir bilhete a cada um dos espectadores. A sugestão surge do Sporting e cada um dos adeptos paga 120 reis no dia 27 de Fevereiro de 1910.
Esse é o primeiro dos embates entre os dois históricos no ano da revolução republicana. O Benfica goleia por 0-4. A vingança leonina é servida a 25 de Setembro, dez dias antes da Monarquia ser decepada em Portugal: 5-4 para os leões num jogo de carácter amigável.
A rivalidade é opaca, alimentada pela transferência polémica de vários jogadores do Grupo Sport Lisboa para os leões. Quem diria que tudo isto aconteceu há um século?»

Fonte: maisfutebol
Abraço